31 de jul. de 2013

Traçando os Caminhos da Cultura.


No último dia 26/07/2013, sexta-feira, foi aberta, oficialmente, a IV Conferência Municipal de Cultura de Curitiba. O evento foi organizado pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e objetivou, em um primeiro momento, por em debate, em grupos de trabalho, constituídos por representantes da Sociedade Civil e de Instituições Governamentais, questões relacionadas à Implementação do Sistema Nacional de Cultura quando foram avaliadas as prioridades para o desenvolvimento da Cultura e o aperfeiçoamento de estratégias de fomento, valorização e difusão da Arte.

A IV Conferência Municipal de Cultura de Curitiba, cujo tema central tratou de “Uma Política de Estado para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura”, foi uma das maiores já realizadas na Capital Paranaense e constituiu o que estamos considerando um “Marco Regulatório” para a nossa Cultura quando foi permitido evidenciar que Cultura é “uma questão de Política Pública” e, em nosso particular entendimento, o mais importante bem nacional.

No sábado, dia 27/07/2013, os participantes debateram os quatro eixos temáticos: (a) Implantação do Sistema Nacional de Cultura, (b) Cidadania e Direitos Culturais, (c) Produção Simbólica e Diversidade Cultural, e, (d) Cultura e Desenvolvimento, elaborando as respectivas diretrizes para apreciação e votação pelos participantes.

No domingo, 28/07/2013, a IV Conferência Municipal de Cultura de Curitiba teve seu encerramento com a aprovação das propostas para novas diretrizes para o Setor Cultural no âmbito municipal, estadual e federal. A plenária final homologou, ainda, os nomes dos 24 (vinte e quatro) delegados que representarão Curitiba na Conferência Estadual de Cultura, a ser realizada nos próximos dias 14 e 15 de setembro, em Guarapuava.

A IV Conferência Municipal de Cultura de Curitiba foi um sucesso, atendeu as expectativas e promoveu uma maior interação entre distintos membros da Sociedade que se preocupam com a Cultura Nacional. Curitiba deu um importante passo no caminho que levará a uma “Política de Estado para a Cultura” em nosso país.

As diretrizes e moções aprovadas durante o evento serão compiladas em documento oficial a ser encaminhado à Secretaria de Estado da Cultura e ao Ministério da Cultura. Tão logo a redação final do correspondente documento esteja concluída será disponibilizada no site da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para conhecimento de todos.

Carlos Magno Corrêa Dias
31/07/2013

26 de jul. de 2013

Pela Nona Vez SNCS se Apresenta.


Na segunda semana de agosto de 2013 tem início mais uma SNCS (Semana Nacional pela Cidadania e Solidariedade), período no qual somos convidados a comemorar as inúmeras ações realizadas por Organizações e Pessoas para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Criada no ano de 2004, quando nasceu, também, o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade (MNCS), que trabalha para conscientizar e mobilizar a Sociedade Civil e os Governos para alcançarmos, até 2015, os oito ODM estabelecidos em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a SNCS constitui um importante momento que integra o processo permanente de mobilização nacional para efetivar as metas socioeconômicas relacionadas aos ODM que abrangem as áreas de redução de pobreza, a oferta de educação de qualidade, a garantia de saúde, a conservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento para todos.

Na SNCS somos convidados a refletir, discutir e definir ações práticas e concretas futuras para alcançarmos os ODM até 2015, bem como, a realizar um balanço quanto aos compromissos anteriormente assumidos, se as metas estabelecidas foram atingidas e como pensar alternativas para alcançar aqueles objetivos ainda não cumpridos.

No Mundo Contemporâneo não há como deixar de se comprometer com as inúmeras questões associadas à conjunção entre Cidadania e Solidariedade. É sabido, também, que, invariavelmente, não são poucas as dificuldades para atender satisfatoriamente as respectivas exigências e assumir as correspondentes responsabilidades. Assim, precisamos unir nossas forças, pois juntos poderemos alcançar os ODM, garantindo Cidadania por intermédio da Solidariedade.

No Paraná, no dia 3 de agosto de 2013, a partir das 9 horas, na “Boca Maldita”, em Curitiba, será realizada a abertura oficial das atividades da Semana Nacional pela Cidadania e Solidariedade. Neste evento as Entidades que já assinaram o Termo de Adesão ao MNCS e ao Núcleo Estadual do Movimento estarão presentes para divulgar os ODM para os interessados e convidar à participação de todos no Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade.

Faça parte desta história e vamos alcançar juntos os ODM. Atingir os ODM será bom para o Mundo, será bom para você, será bom para todos nós.

Carlos Magno Corrêa Dias
26/07/2013

25 de jul. de 2013

Notório Exemplo de Fracasso Vivido.


No exato momento em que percebermos que nossas vidas valeram terem sido vividas, teremos, certamente, a confirmação de como nossas vidas foram inúteis.

Carlos Magno Corrêa Dias
25/07/2013

24 de jul. de 2013

PAZ e BEM. Simples Assim.


A despeito de tudo que se tenha afirmado sobre Giovanni di Pietro di Bernardone (1182 - 1226), o canonizado São Francisco de Assis, absolutamente sua crença positivista sobre a Natureza e o Homem constitui seu maior legado não apenas por ter impregnado inúmeras filosofias (tal qual a da Renascença) promovendo profunda identificação com os problemas da humanidade, mas, principalmente, por continuar a nos ensinar os valores do “TAU Franciscano atado ao Cordão condutor dos três Nós da Fidedignidade”.

O TAU (a mais antiga grafia em forma de cruz) em Francisco de Assis, a Cruz Franciscana, vem, na convergência de suas duas linhas que o formam, significar a relação entre o Divino e o Humano, sendo o símbolo da Ordem Mendicante dos Frades Menores (Ordo Fratrum Minorum) ou Ordem de São Francisco fundada pelo próprio Francisco de Assis. O TAU Franciscano é a materialização da batalha pela PAZ, é símbolo de unidade e reconciliação.

O fio condutor (ou o Cordão Franciscano) representa o caminho e sinaliza o elo que une a forma de nossa vida. Nos três nós do Cordão Franciscano encontramos a síntese da Boa Nova formada pelos três conselhos: Obediência, Pobreza e Castidade.

Todavia, há de se observar que os três votos de Francisco de Assis, simbolizados nos três nós do Cordão Franciscano que sustenta o TAU de Assis, não devem ser tomados no sentido etimológico estrito dos correspondentes vocábulos que os enunciam, mas segundo os Princípios Franciscanos que os mesmos representam e que levam, invariavelmente, ao BEM.

Na concepção correspondente, a Castidade envolve a pureza de coração, a transparência. O casto é todo aquele que é capaz de cuidar da beleza do seu coração e de seus afetos. Revelar o melhor de si, ser verdadeiro eis a função da Castidade defendida. Aceitar a Pobreza em Francisco de Assis é, por sua vez, ter condições de viver plenamente na gratuidade da convivência, ser capaz de poder partilhar, ter a sabedoria para tudo por em comum. Por fim, a Obediência não significa a subserviência servil. Trata sim do acolhimento para perceber o maior e o melhor. O obediente é fiel a seus princípios e deles não abre mão.

Assim, escutar o valor maior, ter a coragem da partilha, e, garantir a pureza de coração constituem o BEM em Francisco de Assis.

Na saudação franciscana “PAZ e BEM” espalhemos os correspondentes Valores Franciscanos entre nós para um Mundo Melhor.

Carlos Magno Corrêa Dias
24/07/2013

23 de jul. de 2013

A História Requisita Mais Integrantes.


Existem dias memoráveis nos quais até neve (de verdade) vem criar momentos históricos para registro. O dia 23 de julho de 2013 terminará sendo um destes dias.

Mas, a história é contada, também, por perdas, por tristezas. E neste mesmo dia memorável por reproduzir acontecimento passado que quase veio completar quatro décadas, a mesma história solicitou outro brasileiro notável para compor suas galerias. Djalma dos Santos (São Paulo, 27 de fevereiro de 1929 - Uberaba, 23 de julho de 2013), o Djalma Santos, partiu para ser lembrado como o maior lateral direito da história do futebol de todos os tempos no Brasil e no Mundo.

Carlos Magno Corrêa Dias
23/07/2013

Um Novo Mundo o Sanfoneiro Vai Começar.


O Brasil é tristeza no dia de hoje, pois que José Domingos de Morais (Garanhuns, 12 de fevereiro de 1941 - São Paulo, 23 de julho de 2013), o Dominguinhos, nos deixou. A Terra Mãe fica mais pobre, pois um de seus grandes mestres Sanfoneiros não mais poderá nos brindar, presencialmente, com sua arte e talento. Fica, porém, a lembrança e o reconhecimento.

Nas estrofes do Sanfoneiro Dominguinhos: “Estou chegando de mansinho ... O meu plano foi traçado e um novo mundo eu vou começar”.

Carlos Magno Corrêa Dias
23/07/2013

22 de jul. de 2013

Antinomia da Mudança Adaptativa.


Quando as respostas são mais fáceis que as perguntas temos evolução (adaptação). Quando as respostas são mais difíceis que as perguntas temos desenvolvimento (mudança).

Carlos Magno Corrêa Dias
22/07/2013

20 de jul. de 2013

Inventor Notável Independentemente dos Aeróstatos ou Aerodinos.


Na lista daqueles que devem ser lembrados sempre, hoje, 20 de julho, desponta o brasileiro Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 - Guarujá, 23 de julho de 1932), um Inventor por excelência, um Inovador além de seu tempo.

Acima de tudo um aeronauta, Alberto Santos Dumont foi o primeiro homem a cumprir um circuito pré-estabelecido conduzindo um balão dirigível (um aeróstato, ou aeronave mais leve que o ar) com motor a gasolina, na presença de testemunhas oficiais como especialistas, jornalistas e populares, bem como, a ter o devido reconhecimento pela Fédération Aéronautique Internationale (FAI).

Em 4 de novembro de 1901, Dumont conquistou o Prêmio Deutsch ao contornar a Torre Eiffel com o seu dirigível Número 6, passando a ser notabilizado no mundo da época e a fazer parte da história. Saliente-se, todavia, que dias antes deste feito, em 19 de outubro de 1901, Dumont já havia contornado a mesma Torre Eiffell no seu Balcão Número 5, motorizado, percorrendo, sob supervisão de comissão do Aeroclube da França, um percurso de 11 (onze) quilômetros em voo de meia hora.

Alberto Santos Dumont é, portanto, o inventor da primeira AERONAVE DIRIGÍVEL PRÁTICA. Quaisquer outras considerações, tais como se Dumont é ou não o inventor do “avião” ou se foi ele o responsável pelo primeiro voo em um “avião”, isto pouco importa. A vitória mundial de 1901 o coloca como um dos maiores inventores da história.

Se o Wright Flyer 1 dos irmãos Wilbur Wright (Millville, 16 de abril de 1867 - Dayton, 30 de maio de 1912) e Orville Wright (Dayton, 19 de agosto de 1871 - Dayton, 30 de janeiro de 1948) ou o 14-Bis de Dumont é o primeiro aerodino (aeronave mais pesada que o ar), tal questão é, também, irrelevante quando diante da notoriedade de Alberto Santos Dumont quanto ao formidável inventor que foi e ao incrível feito de 1901. Depois da invenção vitoriosa de Dumont que lhe rendeu o Prêmio Deutsch de 1901 a história deu conta de se completar naturalmente com suas necessárias consequências.

Lembrando dos cento e quarenta anos de nascimento de Alberto Santos Dumont saudemos este que foi um dos mais importantes inventores brasileiros.

Carlos Magno Corrêa Dias
20/07/2013

19 de jul. de 2013

500 Anos da Ética do “Bem Governar”.


Concluindo a tríade de observações pretendidas sobre as questões lógicas no entorno do pensamento de Nicolau Maquiavel (1469-1527) quanto à proliferação de possíveis inconsistências provocadas pela afirmação “os fins justificam os meios” supostamente constante de sua obra “O Príncipe”, escrita em 1513, apresentei, no último dia 12 de julho de 2013, considerações complementares, paralelas e estritas, com o título “Paradoxos Supõem Antinomias Maquiavélicas”.

Na primeira exposição, apresentada em 07/02/2013, com o título “Ética Maquiavélica Frente à Consciência Política Despótica” fiz observar, categoricamente, que no tocante à obra “O Príncipe” existem alguns enganos ou dogmas disseminados em contextos outros que não no essencial (“não absolutista”) proclamado (ou defendido) por Maquiavel. Centrado na Deôntica, apoiado por pressupostos de uma filosofia analítica própria, coloquei em cheque, na época, tais enganos tomando por base relações lógicas estritas entre “a Ética e a Consciência Política” para o bem legislar. Contudo, evitei tratar de antinomias ou paradoxos, em sentido estrito.

Num segundo momento, ocorrido em 26/04/2013, com o título “Razão Suficiente de Maquiavel”, abordei aspectos lógicos (mais filosóficos) relacionados à “completude e corretude” do pensamento de Maquiavel quanto à sua intenção de preservar a “consciência diplomática” na manutenção do poder diante do perigo da divisão política. Onde, então, já se despontaram questões contrárias contundentes ao senso comum no sentido “vulgar” com que é utilizada, em geral, a má interpretação de que “os fins justificam os meios”, absolutamente.

Em “Paradoxos Supõem Antinomias Maquiavélicas”, após um breve resumo sobre a obra de Maquiavel, fiz observar que em “O Príncipe” o autor demonstra sua experiência em analisar as estruturas de um governo para oferecer uma forma de governar que mantivesse o governante permanentemente no poder, sem, contudo, ser odiado por seu povo. Categoricamente, deixei claro, neste preâmbulo, que a expressão “os fins justificam os meios”, significando que “não importa o que o governante faça em seus domínios desde que seja para manter-se como autoridade”, não se encontra no texto em referência. É uma interpretação “tradicional” (simplista, errônea) sobre o pensamento maquiavélico. Esta usual interpretação (falha) gera, na maioria das vezes, sérias deturpações sobre o pensamento de Maquiavel.

Na sequência considerei, uma vez mais, a diferença entre paradoxos e antinomias, enfatizando que na proposição “os fins justificam os meios” há, efetivamente, uma antinomia quando relacionada ao pensamento de Maquiavel, pois o “senso lógico” é extrapolado levando o indivíduo, à primeira vista, a pensar paradoxalmente de forma contraditória ao pretendido na respectiva obra em referência, não compreendendo, de fato, a verdade possível ou a realidade que vem expressar, a despeito de alguma contradição que pensa existir, fazendo com que o entendimento seja surpreendido. Uma interpretação falha se instala gerando, portanto, um engano (amplamente difundido).

Depois de diversas ponderações visando clarificar o “entendimento maquiavélico” sobre o “governar”, observo que a “ética” defendida por Maquiavel esta associada a uma teoria de Estado onde se pressupõe a “centralização do poder político” e não o “absolutismo”; o que são posições bem distintas. O que Maquiavel propõe aos governantes é como “melhor administrar o governo” e, de forma alguma, suas proposições estariam ligadas à defesa da falta de ética na política. Muito pelo contrário, Maquiavel mostra-se firmemente convicto que é possível “o bem governar” eticamente e, em “O Príncipe”, estabelece como.

Carlos Magno Corrêa Dias
19/07/2013

17 de jul. de 2013

Ecos da Necessidade.


Não sonhemos com possibilidades e nem perspectivemos um mundo melhor. Tornemos sim a realidade hodierna digna de ser vivida por todos.

Carlos Magno Corrêa Dias
17/07/2013

14 de jul. de 2013

Liberdade Sempre Condicionada Disfarça Alvedrio Presumido.


No dia 14 de julho de 1789 era iniciada a Revolução Francesa com a Queda da Bastilha. Hoje, contemporaneamente, comemoramos, em 14 de julho, o Dia da Liberdade de Pensamento. Havemos de comemorar? Possivelmente, em alguns poucos casos, sim. Em outros muitos, pelo contrário, jamais caberiam, entretanto, quaisquer júbilos, pois que os pensamentos continuam escravos da realidade condicionante.

Nesta data, poderíamos remeter à Declaração Universal dos Direitos Humanos e ressaltar que "Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião." ou que "Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão."; mas, prefiro reportar aos meus próprios aforismos e, antes de conjeturar (alforriado) outros pensamentos em dogmas disfarçados, enfatizar que:

“Somos livres em uma liberdade condicionada. Essa é uma regra que, embora tácita, não deve ser esquecida jamais.”

Carlos Magno Corrêa Dias
14/07/2013

13 de jul. de 2013

Ideal da CAVEIRA Escavacando PRECONCEITOS.


Saudemos o DIA MUNDIAL DO ROCK com as Caveiras da Solidariedade, da Fraternidade, e, principalmente, do Entendimento sobre a Igualdade. Que o ideal da CAVEIRA impregnado no ROCK consiga romper os PRECONCEITOS que nos separam enquanto seres humanos. Que o sorriso desafiador e de deboche das CAVEIRAS DO ROCK continuem a nos mostrar o necessário inconformismo com o trivial, as sempre possibilidades de mudança e a ruptura com o “mesmismo” do cego repetir que nos escraviza e vem tolher a construção de um mundo melhor. Mas, acima de quaisquer ordens e independentemente de contraculturas, que nos seja permitindo (à luz do ROCK) compreender (de vez) que debaixo de todas as caras e feições existe sempre uma CAVEIRA que (sem rosto, sem identidade) continuará a sorrir sarcasticamente independentemente das ridículas diferenças que venhamos criar entre nós.

Carlos Magno Corrêa Dias
13/07/2013

11 de jul. de 2013

Democracia: Soberania ou Barbárie.


A DEMOCRACIA serve apenas aos Homens CIVILIZADOS, sendo em tal sentido soberana. O não entendimento estrito do fundamento de DEMOCRACIA leva os indivíduos ao estado da BARBÁRIE. Não sejamos bárbaros no sentido considerado. Veja como acessando: http://observatorio-ongma-patherblinck.blogspot.com.br/2012/07/a-conjuncao-do-direito-grego-em-geral-e.html.

Carlos Magno Corrêa Dias
11/07/2013

10 de jul. de 2013

Justiça dos Códigos Glosados.


A injustiça e a lei se digladiam no campo das interpretações.

Carlos Magno Corrêa Dias
10/07/2013

9 de jul. de 2013

I COENTELOG 2013


Conforme observado anteriormente, o I COENTELOG (COLÓQUIO ENTELECHIA LOGICAE) foi pensado para substituir os antigos SELOGMAS (Seminário de Lógica Matemática Sentencial) e SECAFUNP (Seminário de Cálculo das Funções Predicativas em Lógica Matemática) os quais tiveram, sequencialmente, em 2010 e 2011, suas quatro edições independentes entre si.

No I SECAFUNP 2010 tratei de questões relacionadas às “Instâncias Sentenciais e Funções Quantificadas” enquanto que no II SECAFUNP 2011 abordei a “Lógica Formal e Filosofia Analítica como Fator de Inovação”. Já no I SELOGMAS 2010 apresentei considerações sobre a “Completude dos Fundamentos Necessários e Suficientes da Matemática” e no II SELOGMAS 2011 considerei aspectos relacionados à “Inovação Tecnológica Centrada na Lógica Clássica”. Havia programado, entretanto, o III SELOGMAS 2012 quando abordaria a “Lógica da Necessidade”, mas tal seminário não foi desenvolvido uma vez que optei por apresentar em seu lugar o Curso de Extensão Universitária intitulado “A Lógica da Necessidade”, o qual ofertei e ministrei no ano de 2012.

A transformação dos SELOGMAS e SECAFUNP em um único evento objetivou atender, de um lado, questões de ordem prática e, de outro, a percepção que os aspectos Sentenciais e Predicativos da Lógica tratados em conjunto podem, invariavelmente, promover um maior alcance. A transformação da forma de Seminário para a forma de Colóquio procura propiciar, também, uma comunicação formal para público alvo direcionado, abrindo as possibilidades inclusivas para abordagem de outros temas não estritamente fixados no campo da Lógica ou da Filosofia Analítica.

Por outro lado, na forma de um Colóquio, quando tratar de questões voltadas à Lógica ou à Filosofia da Ciência, o evento passará a ser pensado mais como uma conversa técnica com número reduzido de participantes interessados ou convidados e quando poderei apresentar, estritamente, conforme a pretensão, minhas particulares posições sobre os temas tratados para, em dada medida e segundo alternativas de prospecção, perspectivar extensões necessárias. Além do mais, vários eventos, em sequência, poderão ser realizados sem a necessidade de uma periodização prefixada e sem que agendas sejam predefinidas.

Assim sendo, já no último dia 23 de junho de 2013 ministrei o primeiro COLÓQUIO ENTELECHIA LOGICAE com o tema a “Lógica da Inovação nas Relações de Aproximação entre Indústria e Ciência”. O encontro foi destinado, exclusivamente, a Acadêmicos de Cursos de Engenharia que foram meus Alunos e que já atuam no meio de Produção (principalmente na Indústria Paranaense).

Durante a exposição em referência objetivei chamar a atenção para a necessidade de uma aproximação efetiva entre a Indústria e a Ciência de forma a unir forças com as Tecnologias para a produção de Conhecimento direcionado (principalmente) para o desenvolvimento da Nação e para a melhoria de vida dos Cidadãos tomando-se por base, entretanto, a Lógica da Inovação que proclama que “o mesmo pode ser realizado de forma diferente, porém com maior eficiência e melhor eficácia”, a despeito de outras possibilidades ou enfoques que poderiam, certamente, serem considerados. Neste sentido, sigo parte das orientações da teoria que tenho chamado de “Engenharia Matemática”.

De outro lado, em defesa de uma Lei Municipal de Inovação para a nossa Capital do Paraná, a exemplo das Leis de Inovação Federal e Estadual do Paraná (recentemente regulamentada), considerei, também, ao longo da apresentação, as grandes vantagens que teríamos para Curitiba se tivéssemos a nossa própria Lei Municipal de Inovação no sentido de propiciarmos um maior ou efetivo relacionamento técnico-científico entre os diferentes agentes locais para a produção de conhecimento necessário e inovador para o desenvolvimento municipal.

Fiz observar que em conjunto com diversos setores da Sociedade Curitibana há algum tempo estamos nos mobilizando em torno do tema e que o apoio de todos é fundamental. Conforme ressaltei, também, uma Lei de Inovação da Capital voltada para iniciativas em PDI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) demandados por nossas necessidades municipais permitirá o fortalecimento de parcerias no sentido de promover transferência de conhecimento e tecnologia entre o Meio de Produção, as Empresas, o Governo, a Indústria e diversos outros Setores Públicos ou Privados, além de garantir (mais especificamente) recursos financeiros e incentivos fiscais para as iniciativas inovadoras que atendam exigências próprias da Cidade.

Contudo, sendo categórico, enfatizei que a nossa Lei de Inovação Municipal de Curitiba deve ser pensada de forma a impedir (efetivamente) destinação de RECURSOS PÚBLICOS para projetos que não venham gerar PRODUTOS, SERVIÇOS ou PROCESSOS destinados ao desenvolvimento da Capital e da melhoria de vida das Pessoas. Chamei a atenção dos presentes, ainda, para apoiarem o PLS 387/2011 em tramitação no Senado Federal o qual dispõe sobre a necessidade de tornar público os resultados de estudos e pesquisas bancados com recursos originados de pagamento de tributos pela população.

Considerando a necessidade do Jovem Profissional ser um Empreendedor focado na Sustentabilidade, apresentei, ao final do encontro, ponderações epistemológicas no sentido de se possibilitar a manutenção de relações de impregnação mútuas entre Inovação (no sentido estrito anteriormente aventado) e Responsabilidade Socioambiental. Brevemente, então, considerei os PRIME (Principles for Responsible Management Education, ou Princípios para a Educação em Gestão Responsável, em português), bem como, o Pacto Global das Nações Unidas (The Global Compact), os quais incentivam Instituições Públicas e Privadas a atuarem de maneira responsável e de acordo com preceitos internacionais para o alcance da sustentabilidade mundial.

Carlos Magno Corrêa Dias
09/07/2013

8 de jul. de 2013

ODM na Agenda Municipal de Compromissos.


Em 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, a partir de estudos sobre os maiores problemas mundiais, os chamados Objetivos do Milênio (ODM) a serem atingidos até 2015; os quais pretendem:
(1) Erradicar a fome e a pobreza extrema,
(2) Alcançar a educação básica de qualidade para todos,
(3) Promover a igualdade entre sexos e valorizar as mulheres,
(4) Reduzir a mortalidade infantil,
(5) Melhorar a saúde das Gestantes,
(6) Combater a AIDS, a malária e outras doenças,
(7) Assegurar qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, e,
(8) Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento.

É constatado que o Brasil se encontra bem posicionado quanto ao atendimento dos ODM enquanto país embora, segundo relatório da ONU, divulgado em meados de março de 2013, o mesmo Brasil venha ocupar o 85º lugar no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), quando apresentou 0,730 como seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

São 186 países integrantes daquele ranking; tendo-se Níger como o último colocado (com IDH de 0,304) e a Noruega como a primeira colocada (com IDH de 0,955). O IDH varia numa escala de 0 a 1, sendo medido anualmente pela ONU com base em indicadores de renda, saúde e educação de cada país participante.

Mas, quando são considerados os municípios brasileiros em particular uma contradição se mostra presente evidenciando que diversos municípios do país estão muito longe do IDH geral nacional e que muito dificilmente conseguirão alcançar os ODM. Preocupante, porém, é o fato que outros municípios estão na faixa entre 0 e 0,499 considerado IDH Baixo segundo a classificação geral dividida em três classes (IDH Médio: entre 0,5 e 0,799; IDH Elevado: maior ou igual a 0,8).

Partindo do pressuposto que os municípios são fundamentais no cumprimento dos ODM foi instituída a Agenda de Compromissos segundo a qual os Prefeitos poderão trabalhar com uma plataforma que possibilitará a monitoração dos indicadores dos ODM na gestão administrativa. Assim tomando-se por base Programas Federais relacionados com os ODM e correspondentes indicadores de Políticas Públicas foram, então, pensadas metas que deverão ser assumidas anualmente pelos gestores municipais para o alcance dos ODM.

É notório que as prefeituras já há muito vêm desenvolvendo ações que contribuem para alcançar os ODM, tendo implantado diversos Programas do Governo Federal associados direta ou indiretamente com os ODM. Contudo, a municipalização dos ODM implica, efetivamente, a criação de políticas, programas e ações nos municípios específicos que relacionem os governos locais e a sociedade civil para se atingir as metas dos ODM.

Com a Agenda de Compromissos é pretendido possibilitar que os governos dos municípios sejam protagonistas dos ODM, políticas públicas já implantadas pelas prefeituras sejam adequadas aos ODM, e, sejam pensadas e criadas novas iniciativas objetivando atingir as metas estabelecidas. A ideia é assumir um compromisso permanente e conjunto entre governo e sociedade para melhorar os indicadores sociais da população de cada município do Brasil.

No Portal “Agenda de Compromissos dos Objetivos do Milênio – Governo Federal e Municípios 2013-2016” (http://www.agendacompromissosodm.planejamento.gov.br/) é possível monitorar e avaliar o desempenho dos Prefeitos de cada município do Brasil, pois são disponibilizadas informações para o acompanhamento dos compromissos assumidos pelos municípios para atingir os ODM, bem como, promover a redução das desigualdades sociais e gerar a ampliação do desenvolvimento municipal.

Contribuamos, então, para que nossa Cidade possa não somente atingir os ODM, mas que aumentar o nosso IDH até atingirmos o máximo valor. Monitore, Avalie, Cobre. Visite o Portal. Conheça a nossa realidade sob a ótica dos ODM. Vamos contribuir com a máxima: “Municípios Fortes, Brasil Sustentável”.

Carlos Magno Corrêa Dias
08/07/2013

7 de jul. de 2013

Práticas Compartilhadas no Terceiro Setor.


Dentre os quatro Núcleos que compõem o Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), órgão ligado ao Serviço Social da Indústria do Paraná (SESI-PR), que integra o Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Sistema FIEP), existe o Núcleo do Terceiro Setor o qual reúne Instituições que atuam em áreas como Assistência Social, Saúde, Infância, Jovens, Educação Especial, Diversidade e Meio Ambiente.

O Núcleo do Terceiro Setor pretende constituir uma Rede Inovadora e de Referência no Estado do Paraná cujo objetivo é a reunião das potencialidades das Organizações associadas para o desenvolvimento sustentável, para a promoção da atuação com responsabilidade social, e, para a criação de parcerias para o trabalho voluntário e de estágios.

Como uma de suas ações programadas o Núcleo do Terceiro Setor do CPCE realizou, no último dia 3 de julho de 2013, na sede do Sistema FIEP, em Curitiba, o III Workshop do Terceiro Setor: Práticas Compartilhadas, evento que almejou a capacitação e profissionalização dos envolvidos que trabalham na correspondente área de atuação do Núcleo do Terceiro Setor mediante a apresentação de casos de sucesso de algumas Instituições integrantes do CPCE.

Dentre os temas tratados evidenciam-se a Gestão de Voluntariado Dentro das Instituições do Terceiro Setor, Marketing de Eventos e Captação de Recursos, Construindo as Redes de Relacionamento, Comunicação Institucional, Geração de Renda Própria.

O III Workshop do Terceiro Setor foi, também, uma importante oportunidade para promover ações de articulação e troca de experiências entre os demais Núcleos do CPCE, pois a partir dos casos apresentados tivemos como trocar informações de comum interesse, perspectivando futuras ações conjuntas.

Carlos Magno Corrêa Dias
07/07/2013

5 de jul. de 2013

Novos PIs Ampliando Possibilidades.


Terminado o primeiro semestre civil de 2013, contabilizo o recebimento de mais três Registros de Propriedade Intelectual (PI), o que vem contribuir, mais uma vez, para o cumprimento de parte de minhas prerrogativas científicas e sociais.

Os dois últimos PIs que recebi são referentes aos meus artigos político-filosóficos “Simbiose Mantida para o Desenvolvimento da Ciência” e “Lógica Analítica Inferencial”. O outro PI, do conjunto referenciado, é devido ao meu livro “Conjecturas em Imagens”, editado em 2010, publicado recentemente e com Depósito Legal na Biblioteca Nacional.

Conforme faço observar no prefácio de “Conjecturas em Imagens” apresento nesta obra alguns de meus trabalhos plásticos desenvolvidos até o ano de 2004, inclusivamente. Na exposição não é apresentado um resumo intelectual de meus trabalhos na área, “mas apenas algumas poucas obras previamente escolhidas que pretendem dar a dimensão daquilo que se pode supor ao deparar-se com o título da correspondente exposição”.

“Hipóteses, suposições, conjecturas que não dependem de conceitos, de regras, de instruções, mas sim do olhar de quem observa e sente. Idealizações sem normas regimentais que pretendem ser fiéis à liberdade de criar para impor na alma impressões da existência.” Assim é “Conjecturas em Imagens”.

Quanto aos artigos, no primeiro, trato das necessárias e imprescindíveis contribuições de Anício Mânlio Torquato Severino Boécio (c. 480 - 525/26) para a continuidade das Ciências, enfatizando que sem as quais, a despeito de quaisquer apologias, não seria possível aproveitar os momentos de desenvolvimento que atingimos desde então. Já no segundo artigo político-filosófico em referência, considero, na forma de prolegômenos, os pressupostos analíticos necessários para, em Lógica Formal, avaliar e corrigir argumentos dedutivos sentenciais.

Ressalto, a propósito dos artigos em referência, que os mesmos foram tornados públicos, estando disponíveis para consulta na WWW.


Carlos Magno Correa Dias
05/07/2013

4 de jul. de 2013

Engenharia Lógica Conversa com a Indústria.


Objetivando promover a aproximação e consequente interação entre a Indústria do Setor Metal Mecânico e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), foi realizado no último dia 02 de julho de 2013, no Campus Curitiba da UTFPR, a Primeira Rodada Tecnológica do Setor Metal Mecânico, a qual foi promovida pela Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), por meio dos Observatórios SESI/SENAI/IEL e da UTFPR.

Alavancando oportunidades tanto de negócios quanto de pesquisas o evento constituiu importante momento quando nós, professores e pesquisadores da UTFPR e representantes das Indústrias, tivemos a oportunidade de considerar nossos estudos e pesquisas para atender eventuais demandas das Indústrias do Estado do Paraná. Presente ao evento, como um dos trinta e oito pesquisadores da UTFPR que aceitaram o convite de participação, tive a oportunidade de apresentar, de acordo com a agenda previamente definida pelos organizadores, parte de meus estudos e pesquisas na área de conhecimento que tenho chamado de “Engenharia Lógica”.


Independentemente das possibilidades de negócios gerados, das consultorias firmadas, das pesquisas contratadas, ou de quaisquer outros aspectos possíveis a considerar, vejo o encontro como uma iniciativa muito importante na tentativa de uma aproximação efetiva entre a Indústria e a Academia, justaposição esta que venho defendendo há algum tempo. Somente quando Indústria e Academia se unirem para a solução de problemas comuns é que conseguiremos promover a necessária relação entre Ciência e Tecnologia para atingirmos o desenvolvimento adequado para a nossa Nação.

Considerando apenas alguns métodos e técnicas formais de avaliação e de correção de processos ou de serviços decorrentes dos estudos e pesquisas que tenho desenvolvido em Engenharia Lógica, campo no qual desenvolvo metodologias formais para a aquisição de conhecimento logicamente estruturado, fiz observar as vantagens decorrentes de tais técnicas e métodos quando aplicadas em quaisquer setores da Indústria que objetivam, de um lado, a otimização dos processos e serviços e, de outro, que obrigam evidenciar as possíveis situações contraválidas ou contradições existentes nos distintos setores das Instituições para a imediata correção quando se venha pretender a necessária otimização do sistema avaliado como um todo.


O procedimento que apresentei consiste, em linhas muitos gerais, basicamente, em um primeiro momento, na decodificação dos processos e serviços desenvolvidos na Indústria para transformação dos mesmos em estruturas formais independentes da materialidade das estruturas manipuladas nos distintos setores da Indústria estudada (segundo uma analítica própria que estruturei). As rotinas ou atividades dos distintos setores são transformadas em códigos os quais agrupados em sentenças analíticas passam a constituir informações bivalentes e dicotômicas de uma linguagem artificial estrita e determinante (representativa da realidade da empresa) que sofrerá a ação de uma álgebra (de um cálculo, segundo operações e relações formais) segundo propriedades lógicas e matemáticas específicas que criei para se avaliar a consistência e a validade dos modelos analíticos construídos.

Em uma segunda fase, as sentenças formais geradas são avaliadas segundo as restrições do modelo formal gerado objetivando a consistência, a unicidade, a correção e a completude total para obtenção da otimização, eliminando todos os agentes que, eventualmente, não venham garantir a correção final do sistema como um todo. São assim, a partir do mapeamento da Indústria em estudo, estruturados diversos argumentos dedutivos (finitos) que são postos em análise para eliminar qualquer procedimento que venha gerar contradição (erro) no sistema como um todo. 

Depurado o modelo, retirado tudo aquilo que é desnecessário, constrói-se uma “máquina” formal (dissociada da materialidade ou da realidade) que permitirá ser gerenciada sob a ótica da consistência para garantir resultados ótimos, modelo este que, também, permitirá garantir escolhas dependendo dos rumos que se objetive seguir. A empresa é, então, transformada em um conjunto de fórmulas proposicionais que se relacionam para manter a lógica e a consistência pretendida.
 

Em uma terceira fase é construído um mapa de decisão formal (tomando-se por bases as fontes construídas na fase anterior) centrado na concepção dedutiva que identificado estritamente o conjunto finito de informações (não prolixas, mas imprescindíveis), ditas premissas da realidade da empresa, seja, sempre possível ao gestor gerar novas conclusões (ou resultados) ou prever futuras consequências as quais, por sua vez, passarão a integrar o conjunto inicial de informações formando um novo núcleo mais potente que obrigará, na sequência do desenvolvimento, novas consequências; num processo sucessivo de detalhamento e evolução contínua da empresa.
 

O modelo proposto foi considerado com entusiasmo pelos participantes com os quais tive a oportunidade de conversar e foram perspectivadas futuras ações no entorno do mesmo, atingindo, em consequência, neste caso em particular, o propósito daquela primeira Rodada Tecnológica que foi pensada no sentido de aproximar a demanda por pesquisas da Indústria e a oferta de pesquisas da Universidade.
 

A Engenharia Lógica que estou estruturando possui outros dispositivos e alcances e estão relacionados com estudos e pesquisas que venho desenvolvendo nos últimos anos. 

Atualmente conduzo três projetos de pesquisa associados à minha Engenharia Lógica. Dois destes projetos são intitulados como “Lógica Sentencial” e “Cálculo Lógico Inferencial” os quais se transformarão em livros que devo editar e publicar até o final deste ano de 2013 ou, mais tardar, no primeiro semestre de 2014. Em tais estudos objetivo o tratamento formal dos cálculos lógicos para a estruturação de uma analítica forte mais estrita para o tratamento lógico da legitimidade de argumentos dedutivos sentenciais decodificados.
 

Já no projeto Engenharia Lógica, propriamente, tenho objetivado o desenvolvimento de métodos e técnicas específicos para a avaliação e correção formal de raciocínios dedutivos estruturados a partir da codificação e decodificação de proposições utilizadas na fundamentação de teorias das ciências (em geral) e das ciências exatas (em particular) em conformidade com as lógicas formais e com a filosofia analítica com vistas à aplicação na resolução de problemas do mundo real.
 

Carlos Magno Corrêa Dias
04/07/2013

3 de jul. de 2013

Nanomáquinas Promovem Nova Revolução Industrial.


A Nanociência, a despeito de suas inúmeras possibilidades, passa a ser, simplesmente, a mais fascinante e promissora dentre as áreas do conhecimento, talvez, por ser aquela área do conhecimento que nos fornecerá, apenas, a chave para o entendimento sobre a organização de todos os sistemas vivos presentes na natureza. Se em tempos atrás não era possível pensar em uma nova Revolução Industrial, hoje temos na emergente Nanotecnologia, que é uma das aplicações da Nanociência, uma Revolução que transformará a Indústria de uma forma nunca antes imaginada. Na possibilidade do entendimento e manipulação da matéria estruturada no nível nanométrico para a geração de de equipamentos e produtos temos a real condição de revolucionarmos o mundo macrométrico acelerando ainda mais o desenvolvimento para garantir o bem da humanidade.

No campo da Nanorobótica são consideradas máquinas (ou robôs) em escala nanométrica que passam a solicitar, mais intensamente, associações estreitas e diversificadas entre as Engenharias, a Química, a Física, a Matemática, a Biologia, a Computação dentre outras áreas do saber, para a produção de conhecimento ainda não apreendido mas essencial para a existência destas nanomáquinas. Cabe salientar, entretanto, que, por vezes, a Nanorobótica está associada, também, à construção de robôs que, embora macrométricos, possibilitam atuar com precisão sobre objetos dimensionados em escala nanométrica ou são de tal forma concebidos que podem manipular com desejada definição em semelhante escala. Nesta última classe de máquinas há uma forte participação, também, das tecnologias de sistemas embarcados.

A primeira geração de nanomáquinas surge em 2005 e, quatro anos mais tarde, evoluem para nanomáquinas de segunda geração mais avançadas, porém com aplicação limitada. Em 2011, entretanto, foi possível produzir nanomáquinas de terceira geração ainda mais complexas, cuja utilização é ampliada sobremaneira. Hoje as nanomáquinas, tal qual, as máquinas macroscópicas comumente conhecidas e concebidas invadem nosso cotidiano, sendo diferenciadas, basicamente, pelas suas dimensões da ordem do bilionésimo de metro. Entenda-se “máquina”, contudo, como um “dispositivo ou aparelho” que executa uma tarefa ao ser fornecida a ele energia. Embora a nanorobótica venha assumindo importância nos campos da Informática e da Eletrônica, são verificados (atualmente) maiores impactos nas áreas da Biologia e da Saúde.

De forma, categórica, o termo nanomáquina pode ser empregado para distinguir uma máquina cujo tamanho é da ordem de um nanômetro (um milionésimo de um milímetro). Como exemplo de nanomáquina tem-se um agregado de proteínas usando biomoléculas como DNA, proteínas e resinas. Assim sendo, uma nanomáquina pode ser entendida como uma “máquina molecular” que executa determinada função ao receber um estímulo externo que pode ser elétrico, luminoso, químico ou térmico, conceito algo análogo às máquinas macroscópicas (dispositivos que recebendo energia atingem objetivos pré-determinados).

Cabe salientar, entretanto, que as nanomáquinas podem ser naturais ou artificiais. As principais nanomáquinas naturais são máquinas moleculares cujo funcionamento garante os processos vitais do nosso organismo. Dentre as nanomáquinas naturais em estudo destacam-se a Proteína Miosina e a Enzima F0F1-ATP sintase.

As Proteínas Miosinas (ou Proteínas Motoras) constituem uma ATPase, isto é, formam uma família de enzimas que catalisam a hidrólise do ATP (ou trifosfato de adenosina, ou adenosina trifosfato) para originar ADP (adenosina difosfato) e fosfato inorgânico, com libertação de energia, que energiza o processo da contração muscular. Trata-se de uma enzima mecanoquímica, pois converte a energia química em mecânica (trabalho). Assim, observe que na contração e extensão muscular considera-se a Miosina como o motor (um motor linear protéico) e o ATP como o combustível.

Já Enzima ATP sintase, considerado o menor motor giratório do mundo, é um pequeno complexo de proteínas do qual a vida depende. Tal complexo de proteínas produz o ATP (adenosina trifosfato) um composto rico em energia. Cada uma das 14 trilhões de células do corpo humano conduz esta reação cerca de um milhão de vezes por minuto, sendo que mais da metade do peso corporal do ATP é feito e consumido em um mesmo dia. A ATP gera energia para a maquinaria celular. Enzima ATP sintase é reconhecidamente uma das máquinas moleculares naturais mais eficientes conhecidas dado que tem a capacidade de converter a energia oriunda da molécula ATP em movimento rotacional com quase cem por cento de eficiência. Aponha-se, em contraposição, que semelhante percentual é apenas impossível de ser atingido pela mais eficiente máquina macroscópica já construída.

Contudo, o assunto aqui referenciado sobre as nanomáquinas já deixou de ser novidade há várias décadas, tanto que existem diversos trabalhos que dão conta da produção de nanomáquinas artificiais (de laboratório) inspirados por motores proteicos naturais a partir da década de 70. A Engenharia do Mundo Molecular ou a Arquitetura do Mundo Molecular já teve a sua fundação (embora pareça novidade em dados contextos ou, mesmo, tomada como impossível em realidades pouco atualizadas).

Richard Philips Feynman (1918 - 1988) é considerado o Pai da Nanotecnologia. Norte-americano, Feynman foi o Nobel de Física de 1964 e já em 1959 profetizava uma Nanotecnologia para a produção de nanomáquinas artificiais. Mas, é por volta de 1979, que uma equipe de pesquisadores do Departamento de Química e Biologia da Universidade de Kyushu, no Japão, vem construir aquele que seria o primeiro protótipo de nanomáquina artificial. Tratava-se de uma molécula que funcionava como uma chave liga-desliga acionada pela luz.

É iniciada, então, a partir deste primeiro protótipo, uma caminhada sem fim objetivando a construção de nanomáquinas artificiais eficientes para a execução de tarefas das mais variadas e complexas onde as macromáquinas são, simplemsnete, incapazes de atuar a despeito das tecnologias existentes no mundo usual. Tais nanomáquinas são pretendidas para a execução de tarefas tais como a fabricação de nanosensores, nanofios ou nanocircuitos para o aumento de velocidade e intensidade da transmissão da informação, a inserção de nanomáquinas para avaliação clínica de doenças existentes em pontos internos do organismo humano que não podem ser acessados de forma macro sem cirurgias invasivas, a criação de nanotransmissores para a destruição de nanopartículas tóxicas presentes no ar e na água, a criação de nanomateriais para a produção de utensílios de uso diário mais duráveis e com menor risco de contaminação, dentre outros.

Atualmente, porém, são diversas as nanomáquinas já produzidas e em funcionamento que são movidas por combustíveis de natureza eletroquímica, química, térmica, fotoquímica, dentre outros. A partir daquele primeiro protótipo de 1979 já foram desenvolvidas nanomáquinas artificiais capazes de simular movimentos semelhantes aos dos músculos naturais (são os músculos moleculares artificiais), por exemplo. Outros casos são os caminhões moleculares e os nanoelevadores para transporte de medicamentos no interior do organismo humano; rotores moleculares e nanoválvulas para controle e liberação de conteúdos entre células.

Mas as possibilidades são ilimitadas e tal como os motores micrométricos, desenvolvidos no passado, já foram iniciados estudos para a aplicação da Nanotecnologia no desenvolvimento de sensores inerciais, acelerômetros, transmissores, turbinas, bombas de fluidos, sensores de pressão e de vazão, dentre outros.

Recentemente, físicos da Universidade de Viena, na Áustria, afirmam ter conseguido criar as primeiras proteínas sintéticas (proteínas biônicas) capazes de executar as principais atividades das proteínas biológicas. Realizando uma engenharia reversa concentrada nos elementos essenciais que fornecem às proteínas a capacidade de executar o programa escrito em seu código genético, tais pesquisadores afirmam ter conseguido gerar um mapa detalhado inteiramente artificial que é capaz de imitar as proteínas. O próximo passo agora será gerar, em laboratório, a partir do roteiro descoberto, as primeiras proteínas biônicas.

A Nanotecnologia, como de todo a Nanociência, constituem os caminhos que principiaram a nova Revolução Industrial que transcenderá à Era da Informação, transformando a forma de fazer Ciência e gerar Tecnologia, bem como, a concepção atualmente vigente de Inovação e suas extensões; ainda mais quando sabemos que uma Picociência já se tenha instalado há algum tempo.

Cabe salientar, todavia, que as considerações apresentadas neste artigo constituem uma compilação de palestra que proferi na última segunda-feira, quando tratei da Nanotecnologia com título idêntico ao deste artigo. Uma segunda palestra envolvendo correspondente assunto esta programada para fins de agosto de 2013 quando abordarei, em específico, centrada na Engenharia Lógica que estou desenvolvendo, as relações entre “Potência Lógica e Eficiência das Nanomáquinas”.

Carlos Magno Corrêa Dias
03/07/2013