9 de jul. de 2013

I COENTELOG 2013


Conforme observado anteriormente, o I COENTELOG (COLÓQUIO ENTELECHIA LOGICAE) foi pensado para substituir os antigos SELOGMAS (Seminário de Lógica Matemática Sentencial) e SECAFUNP (Seminário de Cálculo das Funções Predicativas em Lógica Matemática) os quais tiveram, sequencialmente, em 2010 e 2011, suas quatro edições independentes entre si.

No I SECAFUNP 2010 tratei de questões relacionadas às “Instâncias Sentenciais e Funções Quantificadas” enquanto que no II SECAFUNP 2011 abordei a “Lógica Formal e Filosofia Analítica como Fator de Inovação”. Já no I SELOGMAS 2010 apresentei considerações sobre a “Completude dos Fundamentos Necessários e Suficientes da Matemática” e no II SELOGMAS 2011 considerei aspectos relacionados à “Inovação Tecnológica Centrada na Lógica Clássica”. Havia programado, entretanto, o III SELOGMAS 2012 quando abordaria a “Lógica da Necessidade”, mas tal seminário não foi desenvolvido uma vez que optei por apresentar em seu lugar o Curso de Extensão Universitária intitulado “A Lógica da Necessidade”, o qual ofertei e ministrei no ano de 2012.

A transformação dos SELOGMAS e SECAFUNP em um único evento objetivou atender, de um lado, questões de ordem prática e, de outro, a percepção que os aspectos Sentenciais e Predicativos da Lógica tratados em conjunto podem, invariavelmente, promover um maior alcance. A transformação da forma de Seminário para a forma de Colóquio procura propiciar, também, uma comunicação formal para público alvo direcionado, abrindo as possibilidades inclusivas para abordagem de outros temas não estritamente fixados no campo da Lógica ou da Filosofia Analítica.

Por outro lado, na forma de um Colóquio, quando tratar de questões voltadas à Lógica ou à Filosofia da Ciência, o evento passará a ser pensado mais como uma conversa técnica com número reduzido de participantes interessados ou convidados e quando poderei apresentar, estritamente, conforme a pretensão, minhas particulares posições sobre os temas tratados para, em dada medida e segundo alternativas de prospecção, perspectivar extensões necessárias. Além do mais, vários eventos, em sequência, poderão ser realizados sem a necessidade de uma periodização prefixada e sem que agendas sejam predefinidas.

Assim sendo, já no último dia 23 de junho de 2013 ministrei o primeiro COLÓQUIO ENTELECHIA LOGICAE com o tema a “Lógica da Inovação nas Relações de Aproximação entre Indústria e Ciência”. O encontro foi destinado, exclusivamente, a Acadêmicos de Cursos de Engenharia que foram meus Alunos e que já atuam no meio de Produção (principalmente na Indústria Paranaense).

Durante a exposição em referência objetivei chamar a atenção para a necessidade de uma aproximação efetiva entre a Indústria e a Ciência de forma a unir forças com as Tecnologias para a produção de Conhecimento direcionado (principalmente) para o desenvolvimento da Nação e para a melhoria de vida dos Cidadãos tomando-se por base, entretanto, a Lógica da Inovação que proclama que “o mesmo pode ser realizado de forma diferente, porém com maior eficiência e melhor eficácia”, a despeito de outras possibilidades ou enfoques que poderiam, certamente, serem considerados. Neste sentido, sigo parte das orientações da teoria que tenho chamado de “Engenharia Matemática”.

De outro lado, em defesa de uma Lei Municipal de Inovação para a nossa Capital do Paraná, a exemplo das Leis de Inovação Federal e Estadual do Paraná (recentemente regulamentada), considerei, também, ao longo da apresentação, as grandes vantagens que teríamos para Curitiba se tivéssemos a nossa própria Lei Municipal de Inovação no sentido de propiciarmos um maior ou efetivo relacionamento técnico-científico entre os diferentes agentes locais para a produção de conhecimento necessário e inovador para o desenvolvimento municipal.

Fiz observar que em conjunto com diversos setores da Sociedade Curitibana há algum tempo estamos nos mobilizando em torno do tema e que o apoio de todos é fundamental. Conforme ressaltei, também, uma Lei de Inovação da Capital voltada para iniciativas em PDI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) demandados por nossas necessidades municipais permitirá o fortalecimento de parcerias no sentido de promover transferência de conhecimento e tecnologia entre o Meio de Produção, as Empresas, o Governo, a Indústria e diversos outros Setores Públicos ou Privados, além de garantir (mais especificamente) recursos financeiros e incentivos fiscais para as iniciativas inovadoras que atendam exigências próprias da Cidade.

Contudo, sendo categórico, enfatizei que a nossa Lei de Inovação Municipal de Curitiba deve ser pensada de forma a impedir (efetivamente) destinação de RECURSOS PÚBLICOS para projetos que não venham gerar PRODUTOS, SERVIÇOS ou PROCESSOS destinados ao desenvolvimento da Capital e da melhoria de vida das Pessoas. Chamei a atenção dos presentes, ainda, para apoiarem o PLS 387/2011 em tramitação no Senado Federal o qual dispõe sobre a necessidade de tornar público os resultados de estudos e pesquisas bancados com recursos originados de pagamento de tributos pela população.

Considerando a necessidade do Jovem Profissional ser um Empreendedor focado na Sustentabilidade, apresentei, ao final do encontro, ponderações epistemológicas no sentido de se possibilitar a manutenção de relações de impregnação mútuas entre Inovação (no sentido estrito anteriormente aventado) e Responsabilidade Socioambiental. Brevemente, então, considerei os PRIME (Principles for Responsible Management Education, ou Princípios para a Educação em Gestão Responsável, em português), bem como, o Pacto Global das Nações Unidas (The Global Compact), os quais incentivam Instituições Públicas e Privadas a atuarem de maneira responsável e de acordo com preceitos internacionais para o alcance da sustentabilidade mundial.

Carlos Magno Corrêa Dias
09/07/2013