24 de jul. de 2013

PAZ e BEM. Simples Assim.


A despeito de tudo que se tenha afirmado sobre Giovanni di Pietro di Bernardone (1182 - 1226), o canonizado São Francisco de Assis, absolutamente sua crença positivista sobre a Natureza e o Homem constitui seu maior legado não apenas por ter impregnado inúmeras filosofias (tal qual a da Renascença) promovendo profunda identificação com os problemas da humanidade, mas, principalmente, por continuar a nos ensinar os valores do “TAU Franciscano atado ao Cordão condutor dos três Nós da Fidedignidade”.

O TAU (a mais antiga grafia em forma de cruz) em Francisco de Assis, a Cruz Franciscana, vem, na convergência de suas duas linhas que o formam, significar a relação entre o Divino e o Humano, sendo o símbolo da Ordem Mendicante dos Frades Menores (Ordo Fratrum Minorum) ou Ordem de São Francisco fundada pelo próprio Francisco de Assis. O TAU Franciscano é a materialização da batalha pela PAZ, é símbolo de unidade e reconciliação.

O fio condutor (ou o Cordão Franciscano) representa o caminho e sinaliza o elo que une a forma de nossa vida. Nos três nós do Cordão Franciscano encontramos a síntese da Boa Nova formada pelos três conselhos: Obediência, Pobreza e Castidade.

Todavia, há de se observar que os três votos de Francisco de Assis, simbolizados nos três nós do Cordão Franciscano que sustenta o TAU de Assis, não devem ser tomados no sentido etimológico estrito dos correspondentes vocábulos que os enunciam, mas segundo os Princípios Franciscanos que os mesmos representam e que levam, invariavelmente, ao BEM.

Na concepção correspondente, a Castidade envolve a pureza de coração, a transparência. O casto é todo aquele que é capaz de cuidar da beleza do seu coração e de seus afetos. Revelar o melhor de si, ser verdadeiro eis a função da Castidade defendida. Aceitar a Pobreza em Francisco de Assis é, por sua vez, ter condições de viver plenamente na gratuidade da convivência, ser capaz de poder partilhar, ter a sabedoria para tudo por em comum. Por fim, a Obediência não significa a subserviência servil. Trata sim do acolhimento para perceber o maior e o melhor. O obediente é fiel a seus princípios e deles não abre mão.

Assim, escutar o valor maior, ter a coragem da partilha, e, garantir a pureza de coração constituem o BEM em Francisco de Assis.

Na saudação franciscana “PAZ e BEM” espalhemos os correspondentes Valores Franciscanos entre nós para um Mundo Melhor.

Carlos Magno Corrêa Dias
24/07/2013