No início dos anos 2000, o Maple V era um dos principais Softwares Algébricos disponíveis. Já considerado uma ferramenta poderosa para Computação Gráfica, Numérica e Simbólica, o Maple V passava a ser uma opção interessante para resolver amplamente uma vasta gama de problemas matemáticos.
Oferecendo um conjunto robusto de funcionalidades as quais incluíam soluções em Cálculo Simbólico, Cálculo Diferencial e Integral; Álgebra Linear e Vetorial; bem como sendo capaz gerar Gráficos em 2D e em 3D (gráficos de funções em duas e três dimensões); o Maple V oferecia, também, ferramentas para Matemática Financeira e Estatística; possuindo uma Linguagem de Programação própria e “descomplicada”.
Embora no cenário dos Softwares Algébricos figurassem nomes fortes (comerciais) como Mathematica, MATLAB, Derive, MuPAD, tanto o Maple V (também comercial e uma ferramenta de ponta para a Computação Matemática) e o Maxima (Gratuito/“Open Source”) começavam a se despontar. O Maple V, por sua vez, dotado de amplas capacidades simbólicas, numéricas e gráficas, se apresentava como uma escolha mais popular para estudantes, pesquisadores e profissionais nas áreas das Ciências Exatas.
Havia, entretanto, uma rivalidade intensa entre o Maple e o Mathematica, principalmente dentro das Academias. Enquanto o foco do Maple V era a computação simbólica pura com uma simplicidade de sintaxe para matemática padrão e ferramentas de aprendizado passo a passo; o uso do Mathematica era priorizado devido à qualidade de visualização, por possuir uma plataforma mais integrada para diferentes tipos de computação (simbólica, numérica, gráfica) e por ter uma abordagem de programação funcional.
Exatamente pela facilidade de uso, com uma interface mais próxima do “pensar” humano e da linguagem matemática, com comandos mais simples que tornavam a relação homem-máquina “mais amigável”, sempre incentivei o uso do Maple V na manipulção do Cálculo Diferencial e Integral; o que, diga-se, de passagem, causou algum “furor” (não tanto pelo uso do Maple V, mas por instigar os Acadêmicos a usarem Softwares Algébricos naquela época).
Para mostrar as possibilidades de utilização do Maple V nas disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral, enquanto Professor do Departamento de Matemática e Física, do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia, da Puc-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), escrevi e foi publicado o meu artigo intitulado “Gráficos em 2D e 3D através do MAPLE V”, no livro Tecnologia na Construção Civil e Matemática Aplicada, da Série Coleção Exatas, com ISBN 85-72920-77-3.
DIAS, C. M. C. - 2025
O principal objetivo daquele artigo, publicado há mais de duas décadas, era divulgar a importância de se utilizar o Software Algébrico Maple V como ferramenta para bem representar graficamente funções matemáticas no Plano (2D) e no Espaço (3D), bem como para melhor conhecer as estruturas de quaisquer funções.
Carlos Magno Corrêa Dias
15/07/2025