Quanta Matemática, quanta Física, quanta Química, quanta Engenharia, quanto CONHECIMENTO envolvido para que um foguete pudesse voltar de “ré” satisfatoriamente?
Pelo menos mais de 55 anos, se pensar apenas no tempo passado desde a primeira vez que um foguete espacial levou o homem até a Lua. Na data histórica de 20/07/1969 a missão Apollo 11 levou o homem pela primeira vez à Lua por intermédio de um foguete espacial.
Os foguetes funcionam segundo a “Terceira Lei de Newton” pela qual “para toda ação existe uma reação igual e oposta”. Assim, um foguete é uma máquina que se desloca expelindo atrás de si um fluxo de gás a alta velocidade de forma que mediante a conservação da quantidade de movimento (massa multiplicada por velocidade) gera seu deslocamento no sentido contrário com velocidade tal que a quantidade de movimento é igual à dos gases expelidos.
Ou seja, como sabido “p = m.v” é a fórmula da quantidade de movimento (ou momento linear), onde “p” é a quantidade de movimento, “m” é a massa do objeto e “v” é a velocidade do objeto. Física básica, consequentemente.
Mas, embora surpreendente o feito de 13/10/2024, ainda nada comparável com o legado de Alberto Santos Dumont (1873-1932) que continua sendo o divisor de águas na história da aviação prática mundial dado ter sido ele quem abriu os céus para a humanidade. Nunca se deverá esquecer que toda e qualquer tecnologia de controle de aeronaves gerada no campo da aviação moderna depois de Alberto Santos Dumont são apenas consequências das criações daquele gênio fantástico.
Mas, 13/10/2024, sem dúvida alguma, marca outra data histórica de grande importância para a humanidade uma vez que pela primeira vez um foguete que partiu do solo (da Terra) conseguiu retornar ao local de lançamento intacto (literalmente “de ré”).
DIAS, C. M. C. - 2024
Como orientador de Jovens Pesquisadores no uso da Integração e da Diferenciação para o lançamento de foguetes, recebo a notícia do sucesso da SpaceX com grande entusiasmo dado reconhecer que toda operação foi singularmente nova na história dos foguetes. As milhares de mentes (anônimas) que trabalharam anos engendrando semelhante solução estão de parabéns.
É fantástico que o Super Heavy tenha partido, subido até 70 km de altitude, liberado a Straship no espaço, virado, retornado e, com todo aquele tamanho e peso, realizado uma aterrissagem suave e precisa sendo pego, em pleno ar, pelos gigantescos braços móveis daquela torre que o esperava e que se fecharam para o “agarrar” com eficiência e precisão. Controle total.
Carlos Magno Corrêa Dias
16/10/2024