16 de set. de 2025

Engenharia mitiga o sofrimento da demência.


A Engenharia, com foco na resolução de problemas do mundo real, sempre emergiu como uma aliada na criação de soluções que possam tornar a vida das pessoas melhorada; não sendo diferente no caso da luta contra a Demência. Atualmente, longe de ser apenas um desafio médico, a Demência exige atenções multidisciplinares que tanto as Ciências quanto as Tecnologia podem oferecer, desde um diagnóstico precoce até técnicas sofisticadas de tratamento e/ou acompanhamento visando a qualidade de vida dos pacientes e de seus cuidadores.

A pandemia de Covid-19 trouxe à tona grande preocupação com o aumento intensificado de Distúrbios Cognitivos e/ou Distúrbios Neurológicos que geram tanto a Demência quanto danos à Saúde Mental. Semelhantes efeitos têm impactado diretamente a produtividade e a qualidade de vida de trabalhadores em diversas áreas.

No contexto em pauta, a Engenharia é forte aliada estratégica no necessário enfrentamento. Por meio de soluções tecnológicas e científicas os Engenheiros têm desenvolvido Tecnologias Assistivas, Ambientes Inteligentes, Plataformas Digitais voltadas para a monitoração das funções mentais dos pacientes; dentre outras inovações.

DIAS, Carlos Magno Corrêa - 2025

Mas, entende-se que os cuidados com a Saúde Mental devem ser interdisciplinares, associando Tecnologias, Ciências e Engenharia com Medicina, Psicologia, Filosofia, Antropologia, Lógica, Neurociência, dentre outras áreas do saber. E, em particular, a Engenharia pode contribuir com a geração de ferramentas efetivas para diagnóstico precoce, suporte à autonomia e melhoria da qualidade de vida.

As pesquisas demonstram que o primeiro e importante passo no combate à demência é o diagnóstico preciso, e a Engenharia tanto é fundamental quanto está revolucionando o correspondente processo.

Algoritmos de IA (Inteligência Artificial) passam a analisar exames de imagem cerebral para identificar padrões que sinalizam o início de doenças. Além disso, a IA pode processar, também, dados de voz e padrões de escrita para detectar alterações cognitivas precocemente. Dispositivos Vestíveis (“wearables”) e sensores embutidos no ambiente doméstico podem monitor discretamente o comportamento do paciente. O conjunto de tais informações fornecem dados valiosos para os médicos avaliarem a progressão da doença.

Para tratar de questões relacionadas, apresentando um alerta, escrevi o artigo “A engenharia e o combate à demência”, publicado, recentemente, tanto na página da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) quanto na página do Seesp (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo). No texto apresento considerações gerais sobre Distúrbios Neurológicos e Distúrbios Cognitivos, Demência e Saúde Mental, que podem ocorrer na Vida Profissional ou no Mercado de Trabalho, particularmente no campo das Engenharias e da Indústria. O artigo encontra-se disponível nos endereços: https://tinyurl.com/3kaerchc e https://tinyurl.com/mryekm3n.

Carlos Magno Corrêa Dias
16/09/2025