6 de nov. de 2024

Dilemas entre estudar no papel e no digital.


É sabido que há mais de 50 anos, mais de meio século, foi lançado o primeiro e-book quando surgiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos como documento eletrônico. Desde 1971, fala-se, então, dos livros digitais, aqueles que, inicialmente, foram disponibilizados em formato “.txt” (usado para armazenar conteúdo digital que contém apenas texto, sem formatação).

De lá para cá, o e-book (ou livro digital, ou o livro que pode ser lido em computadores, celulares e tablets) evoluiu por demais e vem atingindo desenvolvimentos ainda mais surpreendentes com a advento da Inteligência Artificial (IA), inevitavelmente.

Todavia, estranhamente, o e-book nas salas de aula ainda é visto como algo impróprio ou gerador de diversos questionamentos que levam à subestimação de seu valor e uso a despeito das inúmeras vantagens que podem ser verificadas quando se fazem comparações com os tradicionais livros impressos em papel.

Para discutir “a relação entre o tradicional e o inovador na educação, apresentar pesquisas recentes sobre a resposta neurológica dos estudantes em relação às mídias analógicas e digitais e esclarecer equívocos comuns sobre os impactos ambientais das mídias em papel e eletrônicas”, a Abrelivros (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais) em parceria com a Revista Educação e a global “Two Sides”, com patrocínio da Editora FTD e da Suzano Papel e Celulose, realizou o webinário internacional "Estudar no Digital ou no Papel", no último dia 10 de outubro de 2024.

ESTUDAR NO DIGITAL OU NO PAPEL - 2024

Convidado pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) a participar do evento, tive a oportunidade de compartilhar, de forma integrada, posicionamentos sobre as difíceis questões relacionadas com as realidades tradicionais e inovadores no campo da Educação.

Embora seja desejável (e mesmo essencial) o equilíbrio entre as tecnologias digitais e os materiais impressos, em um mundo híbrido no qual não há como deixar de conviver com os Sistemas Cyber-Físicos, é fácil perceber o quão é desafiador e difícil maximizar os benefícios de cada método no campo da Educação. Há muita resistência ainda no uso das inovadoras tecnologias, muito gerado pela falta da necessária informação.

Os caminhos gerados pelas inovações tecnológicas são sem volta e se faz necessário compreender, o quanto antes, que a velocidade da acessibilidade, interatividade e facilidade de atualização dos conteúdos mediante o uso das tecnologias digitais são fundamentais. Entretanto, não se pode deixar de considerar, também, as questões relacionadas aos diferentes estilos de aprendizagem, preferências individuais e a minimização de impactos ambientais.

DIAS, C. M. C. - 2020

Assim, seria o ideal a possibilidade de um equilíbrio entre “o digital e o papel” afim de se promover o enriquecimento da experiência educacional servindo do melhor dos mundos possíveis em questão.

Carlos Magno Corrêa Dias
06/11/2024