18 de jun. de 2016

Aerogeradores Sem Hélices Garantem Sustentabilidade e Progresso Resiliente.

   
Embora sejam comuns atualmente aerogeradores(ou sistemas de geração eólica), geradores elétricos integrados a um eixo de um “cata-vento” e que convertem energia eólica em energia elétrica, com hélices medindo de 30 metros até 60 metros, a empresa dinamarquesa VESTAS já lançou a maior turbina eólica do mundo. Trata-se da V164-8 que tem um diâmetro do rotor de 164 metros e um gerador com capacidade de 8 MW de eletricidade utilizando o vento de uma área de 21.124 metros quadrados.

Por constituírem fonte de energia renovável e não poluente os aerogeradores se reproduzem com acentuada intensidade independentemente de suas deficiências estruturais tais como aquelas decorrentes, por exemplo, das pás das hélices cada vez maiores.

Todavia o futuro espera, por meio da Inovação, sempre solicita novas soluções como é o caso da eliminação das enormes “pás” que evoluíram dos antigos moinhos de vento os quais surgiram inicialmente na Pérsia desde, provavelmente, o século VII, tornando-se mais utilizados por volta do ano 1.000.

Cabe, ressaltar, entretanto, que é apenas em 1881 que a tecnologia dos moinhos de vento é utilizada na América para produzir energia no lugar do carvão.

Em julho de 1887 é construída uma turbina com pás de tecido. Em 1891 é gerada uma primeira patente. É, porém, tão somente, em 1888 que se produziu eletricidade por intermédio de um gerador alimentado a energia eólica. Na década de 1890 foram construídos geradores eólicos para produzir eletricidade. Mas, apenas em 1904 foi fundada a Sociedade dos Eletricistas Eólicos.

Categoricamente, a tecnologia das pás para a geração de energia elétrica continua a mesma de 1.000 anos atrás embora a grandiosidade dos modernos moinhos de vento seja surpreendente. Exatamente devido à expansão dos parques de aerogeradores com pás das hélices cada vez maiores e mais pesadas que se obrigaram estudos para evitar os correspondentes transtornos provocados no meio ambiente.

Para resolver parte dos problemas e obter maior eficiência, mais economia e aumentar os lucros iniciaram-se estudos visando a eliminação das pás. Assim, nascem os conversores de energia eólica sem hélicesque sinalizam ser duas vezes mais eficientes que as turbinas convencionais e que prometem a redução pela metade (ou mais) dos custos de produção.

Um exemplo é o conversor eólico sem hélices da empresa tunisiana Saphon Energy que converte energia com a ajuda de pistões e pode armazená-la para uso posterior em um acumulador hidráulico.

O corpo sem hélices não representa perigo para as aves e morcegos que são geralmente feridos ou mortos pelas pás de turbinas convencionais, produz menos poluição sonora e tem um impacto muito limitado sobre ondas de rádio e TV.

Com proposta anterior à da empresa Saphon Energy outros aerogeradores sem hélices já foram desenvolvidos. Tal é o caso dos aerogeradores verticais propostos pela empresaespanhola VortexBladeless que se baseiam no fenômeno aerodinâmico da vorticidade no qual o vento que flui ao redor de uma estrutura fixa cria um padrão de pequenos vórtices.

A energia mecânica da oscilação provocada pelo efeito da vorticidade é transformada em energia elétrica quando uma estrutura fixa passa a oscilar e a entrar em ressonância com as forças laterais do vento.

O sistema chega a reduzir em até 53% os custos de fabricação e em 80% os custos em manutenção, representando cerca de 40% de redução na pegada de carbono e nos custos na produção da energia elétrica, quando comparado com os sistemas tradicionais dos aerogeradores verticais com o sistema de hélices.

É a Inovação promovendo desenvolvimento mais sustentável e o progresso resiliente.

Carlos Magno Corrêa Dias
18/06/2016