22 de mai. de 2013

Morte Como Razão Suficiente.

“A morte é apenas um ritual de passagem que deve ser considerado para garantir a plenitude da vida.”

Com o aforismo precedente, que já havia publicado anteriormente na minha obra PARADIGMAS DA NECESSIDADE, de 2011, dei início à exposição “Morte Como Razão Suficiente”, apresentada no último dia 17 de maio de 2013.

No correspondente colóquio, quebrando alguns paradigmas postos, pois parto de minha concepção que o “ser racional” (e não, necessariamente, o “vivente racional”) é integrado pelos “Corpus”, “Anima” e “Intellectu” (orbitados por uma “Entelechia”), considerei, estritamente, mas com determinada reserva, a influência da “morte” no âmbito dos três “elementos” fundamentais e universais que defendo.


Para conduzir minhas considerações, fugindo das formas usuais de exposição, tomei por referência alguns de meus apotegmas sobre a morte que havia exposto em oportunidades anteriores (e que constituem premissas em argumentos em meus estudos e pesquisas). Ao acessar aqueles aforismos que trazem as correspondentes posições apresentadas na explanação bem é possível um entendimento geral sobre o conteúdo que foi tratado.

Assim sendo, partido da afirmação que “A morte (como a entendemos) é uma ilusão, pois a vida transcende o limite existencial da matéria que a envolve.” faço salientar que “Enquanto tudo é energia seria inconcebível pensar na morte, pois jamais morreríamos já que a energia é eterna ao se manter por sucessivas transformações.” e que “Nossa morte liberará tal energia aprisionada que transcenderá para além do plano físico da realidade vivida, transmutando do individual para o todo universal.”

Contudo, afirmando que “Se uma outra vida após a morte terrena existe, então a morte não pode ser aceita como o fim de tudo e sim deve ser enaltecida como processo transcendente que possibilita o início de um novo caminhar.”, acrescento que “
A alma é o combustível do corpo. Portanto, energia que mantém o corpo funcionando. Não há, então, morte. Apenas o combustível se transforma em outra forma de energia para mover veículo mais evoluído.”

Por fim, pondo em evidência que “Infelizmente nenhum de nós está livre da realidade da morte [e não da morte em si]. Todos, mais cedo ou mais tarde, mais facilmente ou não, teremos que passar pelo inevitável da vida. Assim, é primário que nos preparemos para existir em tal realidade sem deixar, é certo, de viver esta realidade secundária que é a vida.” encerrei a palestra lembrando que em breve publicarei o livro “Dissociação Lógica do Intelecto Frente à Conjunção entre ma e Matéria” no qual faço observar relações da morte com os três “elementos” universais que integrados numa “tríade unária” promovem a necessária dissociação.

Carlos Magno Corrêa Dias
22/05/2013