13 de abr. de 2013

Cinco Contos de Réis Garantiram Patrimônio de Valor Incalculável.


Exprimindo a independência e a liberdade, exaltando a vitória dos Patriotas Brasileiros, no cais do Largo do Paço (antigo cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), na data de 13 de abril de 1831, era executado, pela primeira vez, o nosso Hino Nacional.

Atualmente o Hino Nacional Brasileiro é executado com letra do Brasileiro, Professor, Ensaísta, Poeta e Teatrólogo Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927) e música do, também, Brasileiro, Maestro, Compositor e Professor Francisco Manuel da Silva (1795-1865).

Por “cinco contos de réis” foi adquirida a propriedade plena e definitiva da letra do Hino Nacional segundo o Decreto número 4559, de 21 de agosto de 1922, pelo presidente Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa (1865-1942) e oficializada pela Lei número 5700, de 1 de setembro de 1971.

Assim, na data de hoje, comemoramos correspondente primeira execução de nosso Hino Nacional “pensando” o significado dos versos que compõe a sua letra.

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Carlos Magno Corrêa Dias

13/04/2013