HÉCUBA, A Força Maternal que Submete Todos os Poderes.
Durante o último Festival de Teatro de Curitiba, encerrado
dias atrás, tive a oportunidade ímpar e a particular satisfação de assistir a
peça HÉCUBA no Teatro Guaíra.
Com direção e
adaptação de Gabriel Villela, a peça conta a tragédia da rainha troiana Hécuba,
mulher de Príamo e mãe que assistiu a morte de quase todos os seus filhos;
presenciando, também, a chacina de seu esposo.
Escrita por Eurípides, a história se passa no período após a queda de Tróia
quando os gregos vitoriosos e desejosos de retornar à pátria são impedidos
devidos às condições desfavoráveis.
A tragédia é consumada quando o fantasma de Aquiles aparece aos gregos
obrigando-os a sacrificar a virgem Policena (filha de Hécuba). Tornada escrava
na Trácia, a personagem paradigmática Hécuba consegue cegar o rei Polimestor e
com a ajuda de outras escravas troianas mata, também, dois filhos do rei
trácio.
Apedrejada pelo povo, Hécuba morde seus detratores e é transformada em
cadela, cujos uivos a todos inquietavam. Ganância, dor e vingança se relacionam
na disputa de poder e no sofrimento materno. No elenco, Walderez de Barros,
Flávio Tolezani, Fernando Neves, Leo Diniz, Luisa Renaux, Luiz Araújo, Rogério
Romera, Nábia Vilela e Marcelo Boffat. Havendo outras oportunidades, é
recomendado assistir a peça.
Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR,
26/04/2012