26 de abr. de 2012

HÉCUBA, A Força Maternal que Submete Todos os Poderes.


Durante o último Festival de Teatro de Curitiba, encerrado dias atrás, tive a oportunidade ímpar e a particular satisfação de assistir a peça HÉCUBA no Teatro Guaíra.
 
Com direção e adaptação de Gabriel Villela, a peça conta a tragédia da rainha troiana Hécuba, mulher de Príamo e mãe que assistiu a morte de quase todos os seus filhos; presenciando, também, a chacina de seu esposo. Escrita por Eurípides, a história se passa no período após a queda de Tróia quando os gregos vitoriosos e desejosos de retornar à pátria são impedidos devidos às condições desfavoráveis.
 
A tragédia é consumada quando o fantasma de Aquiles aparece aos gregos obrigando-os a sacrificar a virgem Policena (filha de Hécuba). Tornada escrava na Trácia, a personagem paradigmática Hécuba consegue cegar o rei Polimestor e com a ajuda de outras escravas troianas mata, também, dois filhos do rei trácio.
 
Apedrejada pelo povo, Hécuba morde seus detratores e é transformada em cadela, cujos uivos a todos inquietavam. Ganância, dor e vingança se relacionam na disputa de poder e no sofrimento materno. No elenco, Walderez de Barros, Flávio Tolezani, Fernando Neves, Leo Diniz, Luisa Renaux, Luiz Araújo, Rogério Romera, Nábia Vilela e Marcelo Boffat. Havendo outras oportunidades, é recomendado assistir a peça.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 26/04/2012