2 de abr. de 2025

Sofismas e Antinomias são armadilhas do pensar.


Há um tempo, com o título “Ilusões paradoxais antinômicas a priori”, postava, com dada preocupação (acentuada), o meu aforismo a seguir reproduzido novamente no parágrafo seguinte.

Nada mais paradoxal do que presumir a “resolução” de um paradoxo. Nada mais ingênuo do que pensar na “solução” de uma antinomia. Mas, mesmo diante de semelhantes tautologias, estranhos esforços contraválidos são empenhados seguidamente para se encontrar as inexistentes respostas.

DIAS, C. M. C. - 2023

Os anos passam e nada muda a não ser a intensidade (e/ou as múltiplas repetições renovadas) de situações contraválidas que vão se formando em torno dos argumentos falaciosos.

Todavia, sigo chamando a atenção apresentando desenvolvimentos semelhantes ao posto (novamente) em destaque na correspondente imagem que mostra uma “demonstração bem formada” na qual se chega à conclusão absurda de que “o produto de três números diferentes de zero é igual a zero”. 

DIAS, C. M. C. - 2023 

Mas, "alfa" premissas levam à "beta" conclusões. Sempre.

Entretanto, se continua (inexplicavelmente) a confundir "falácia" com o simples “erro” que pode se transformar em “antinomias” quando não se permite identificar as “contradições” internas. Os “sofismas” e as “falácias” invadem o bem pensar, destruindo possibilidades e criando “paradoxos” ou “antinomias”.

Como sabido, muito embora existam sutis diferenças entre “sofismas” e “falácias”, procuro tomar os vocábulos com o mesmo sentido de “argumento dedutivo não válido” cuja conclusão não é, necessariamente, obtida, logicamente a partir das premissas. Mas, sempre "alfa" premissas levam à "beta" conclusões.

Se diz que um sofisma é um argumento (ou raciocínio) que parece lógico e válido, mas que, na realidade, contém falhas e leva a conclusões falsas ou enganosas. Sofisma seria, então, uma tentativa de persuadir alguém através de uma argumentação aparentemente correta, mas que esconde erros intencionais (ou não intencionais).

Já uma falácia é um erro de raciocínio, uma falha na lógica evidente que enfraquece um argumento ou o torna inválido; sendo, geralmente, não intencional; podendo ocorrer devido à falta de conhecimento, confusão ou simples descuido. A falácia é um termo mais amplo que abrange todos os tipos de argumentos inválidos.

Mas, ambos os termos, falácia e sofisma, fazem referência a argumentos (raciocínios) que contêm erros lógicos; podendo ser utilizados como sinônimos de argumentos não válidos (as premissas não levam, necessariamente, inferida).

Sofismas e antinomias são armadilhas do pensamento que levam a conclusões “erradas” e, certamente, prejudicam a capacidade de raciocínio e comprometem as decisões racionais.

Carlos Magno Corrêa Dias
02/04/2025

1 de abr. de 2025

Distorção “lógica” de espectros extremos.


Quando se tem medo da "verdade", conta-se a mentira. Quando se tem medo da "mentira", conta-se a verdade. Entretanto, "mentira" e "verdade" são as duas faces de uma mesma dissimulação.

DIAS, C. M. C. - 2025

Carlos Magno Corrêa Dias
01/04/2025

31 de mar. de 2025

Economia Azul no Brasil fortalecendo a Amazônia Azul.


Em 19 de março de 2025, participei, a convite do Cembra (Centro de Excelência para o Mar Brasileiro), da palestra "Economia Azul e seus Desafios" a qual apresentou o conceito de Economia Azul que se mostra inovador na medida que procura integrar o uso sustentável dos recursos marinhos, das atividades marítimas e dos serviços ecossistêmicos providos pelo oceano, abrangendo setores tão diversos quanto a pesca e aquicultura, o turismo costeiro e marinho, as energias renováveis oceânicas, bem como o transporte marítimo.

Cembra (Centro de Excelência para o Mar Brasileiro) - 2025

Durante o evento, com transmissão ao vivo, foram apresentadas a várias e promissoras oportunidades geradas pela Economia Azul que vão desde a geração de emprego e renda, especialmente em países em desenvolvimento, até a redução das desigualdades sociais gerando tecnologias limpas (como a energia eólica “offshore”) ou a mitigação das mudanças climáticas.

Outra questão importante no campo da Economia Azul é a valorização de ecossistemas marinhos, como manguezais e recifes de corais, que desempenham papéis cruciais na captura de carbono e no equilíbrio climático e ambiental.

Criado em 1994, o termo Economia Azul (ou Economia Oceânica, ou Economia do Mar) faz referência ao conjunto de atividades econômicas que utilizam os recursos marinhos de forma sustentável tendo por princípios: exploração, preservação e regeneração do ambiente marinho; conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos; e, promoção de uma relação positiva entre empreendimentos humanos, atividades econômicas e esforços de conservação.

Tendo em vista os objetivos da Economia Azul, no Brasil, dada a extensão de seu litoral e das potencialidades da Amazônia Azul (a área do oceano Atlântico que abrange o litoral brasileiro) o correspondente potencial de desenvolvimento é enorme.

“No entanto, a implementação da Economia Azul enfrenta desafios consideráveis. A exploração excessiva dos recursos marinhos, a poluição do oceano e a perda de biodiversidade ainda são questões críticas que exigem ações urgentes e eficazes. A carência de regulamentação, a complexidade da governança oceânica e a gestão ineficaz agravam ainda mais esse cenário”; são alguns dos desafios a vencer de imediato.

Assim, a transição para a Economia Azul requer investimentos significativos em tecnologias e infraestruturas limpas, o que, por sua vez, exigirá reorientação de projetos e uma mudança de mentalidade que vise instituir uma cultura oceânica e um posicionamento marítimo positivo para impulsionar a mudança nas práticas relacionadas ao uso sustentável do mar.

O Brasil enfrenta, entretanto, desafios ainda maiores tendo em vista a ausência de dados abrangentes sobre diversos dos setores envolvidos. Então, para que o Brasil possa aproveitar plenamente as oportunidades da Economia Azul, é fundamental investir em políticas públicas eficazes, pesquisa científica e cultura oceânica.

Carlos Magno Corrêa Dias
31/03/2025

30 de mar. de 2025

Fome segue matando impiedosamente.


A fome matou pessoas em todo passado da humanidade. A fome mata pessoas atualmente. A fome, no futuro, em um mundo de tecnologias cada vez mais complexas e avançadas, com inolvidáveis e sustentáveis criações, onde a inovação seguirá sendo o motor que impulsiona inteligências a criar soluções cada vez melhores, não poderá continuar a matar pessoas.

Embora a existência da fome no mundo seja um problema com raízes profundas em questões sociais, econômicas e políticas, é, antes de qualquer avaliação dogmática (ou não), uma questão centrada na “vontade” (seja coletiva ou individual), pois o próprio homem deveria ter o desejo primeiro (incondicional) de jamais subjugar o homem pelo próprio homem por meio da fome.

É sabido que não é pela falta de alimentos que a forme existe uma vez que a produção global de alimentos é, já há décadas, suficiente para alimentar (e bem) toda a população do mundo. Todavia, a distribuição desigual de renda e de recursos impede que as pessoas tenham o devido acesso a alimentos nutritivos. A pobreza extrema cria um ciclo terrível no qual a falta de acesso à educação, saúde e oportunidades limita a capacidade das pessoas de sair da situação de vulnerabilidade, passam fome e morrem por falta de ter os recursos para comprar os alimentos.

A fome se mantém, também, devido às guerras e conflitos armados que mundo afora destroem infraestruturas, interrompem a produção agrícola e deslocam populações, dificultando o acesso aos alimentos. A segurança alimentar é afetada drasticamente pela instabilidade política e pela falta de governança gerada pelos conflitos armados que podem impedir a implementação das correspondentes boas políticas ou mesmo cessar programas vitais para alimentar os menos favorecidos.

Claro, também, que eventos climáticos extremos, mudanças climáticas pesadas, podem vir a reboque, levando à degradação do solo e à perda de biodiversidade, prejudicando, seriamente, a maior e melhor produção de alimentos a longo prazo. Mas, mesmo assim, não se deve esquecer que a geração de alimentos continua sendo suficiente para atender a todos.

Outro fator que contribui no elevando preço dos alimentos e amplia as dificuldades de acesso aos alimentos mais nutritivos é o enorme desperdício ao longo da cadeia de produção o qual segue desde a colheita até o descarte.

Mas, soluções e tecnologias disponíveis existem há tempos. Entretanto, um esforço global conjunto, com a participação de governos, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil, é exigido agora para se construir um futuro sem fome.

DIAS, C. M. C. - 2024


Enquanto existir um único homem passando fome ou morrendo pela falta de ter o que comer sustentabilidade é um objetivo que está muito distante de ser atingido.

DIAS, C. M. C. - 2025

Enquanto existir um único ser humano morrendo de fome a barbárie, a perversidade e a desgraçada miséria assombrarão a humanidade e sustentabilidade será apenas retórica.

Carlos Magno Corrêa Dias
30/03/2025

29 de mar. de 2025

Futuro das Engenharias no Brasil.


A convite da Ação Sindical do Seesp (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo) participei, no período de 19 a 20 de fevereiro de 2025, do FÓRUM SUDESTE DA ENGENHARIA NACIONAL.

FÓRUM SUDESTE DA ENGENHARIA NACIONAL - 2025

O evento, realizado online e transmitido ao vivo, constituiu importante e intensa sequência de debates voltados para analisar e avaliar temas estratégicos para o futuro das Engenharias no Brasil.

Reunindo profissionais e estudantes o FÓRUM SUDESTE DA ENGENHARIA NACIONAL contou com a participação de diversos especialistas os quais ministraram palestras e participaram de debates sobre temas como: “Gestão de riscos e desastres e o papel da engenharia no suporte às políticas públicas de interesse social”; “Pesquisa, desenvolvimento e inovação”; “Emergência, mudanças climáticas e COP-30 - o papel do Estado e da engenharia na transição energética e seus reflexos no desenvolvimento sustentável”; “Política de inovação industrial e o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Sudeste”; e, “PPP - Parceria Público-Privada: aplicações e impactos no setor de saneamento e meio-ambiente - uma visão da engenharia”.

O FÓRUM SUDESTE DA ENGENHARIA NACIONAL foi uma oportunidade para os participantes trocarem experiências, conhecerem as últimas tendências do setor e discutirem os desafios e os rumos futuro das Engenharias no Brasil.

A diversidade dos temas abordados, a colaboração entre diversas entidades e instituições, bem como a participação de profissionais de diferentes áreas das Engenharias garantiu que o FÓRUM SUDESTE DA ENGENHARIA NACIONAL se tornasse um espaço profícuo de debates, troca de experiências e busca por soluções inovadoras (e necessárias) para os desafios das Engenharias no cenário atual

O FÓRUM SUDESTE DA ENGENHARIA NACIONAL serviu como um catalisador para o debate e a reflexão sobre o futuro das Engenharias no Brasil, com foco em inovação, sustentabilidade e desenvolvimento social.

Pode-se dizer que, dentre as principais questões discutidas, destacam-se: os temas sobre gestão de riscos e desastres; pesquisa e inovação; mudanças climáticas; políticas de inovação industrial; parcerias público-privadas; desenvolvimento sustentável e o avanço das Engenharias; bem como as questões sobre a construção de uma visão de futuro para as Engenharias no Brasil com foco, necessariamente, em soluções inovadoras e sustentáveis.

Carlos Magno Corrêa Dias
29/03/2025

28 de mar. de 2025

Descomissionamento e desmantelamento de ativos “offshore”.


Tendo em vista meu alinhamento com o giro da Tríplice Hélice do Conhecimento-Inovação no qual as forças da Academia (do Conhecimento Científico), do Governo (da Legislação, das Leis) e da Indústria (das Tecnologias sempre avançando) fazem gerar desenvolvimento, progresso e melhoria de vida das pessoas; tanto quanto por acreditar que o Oceano, com sua vasta extensão e biodiversidade, oferece um potencial imenso para descobertas que podem bem beneficiar a humanidade em diversas áreas; participei, a convite do Cembra (Centro de Excelência para o Mar Brasileiro), da palestra “Desafios e Oportunidades no Descomissionamento e Desmantelamento Sustentável em Ativos Offshore”, apresentada em 17 de fevereiro de 2025.

Cembra (Centro de Excelência para o Mar Brasileiro) - 2025

Com transmissão ao vivo pelo Canal do YouTube do Cembra, a palestra em pauta abordou tema de extrema relevância para a indústria de petróleo e gás no Brasil e no mundo mostrando que o Brasil possui um mercado crescente de “Descomissionamento Offshore”, impulsionado pelo envelhecimento de plataformas e pela necessidade de adequação às normas ambientais mundiais.

Embora a complexidade das operações em águas profundas e a diversidade das instalações exigem soluções inovadoras e tecnológicas, ficou evidenciado que os desafios são enormes e a necessidade de uma legislação clara e eficiente para garantir a segurança jurídica e atrair investimentos é tanto urgente quanto obriga o desenvolvimento de tecnologias para o desmantelamento seguro e eficiente de estruturas “offshore”, especialmente em águas profundas.

A despeito, porém, dos grandes desafios e problemas a resolver, há de se salientar as inúmeras oportunidades que se despontam como é o caso do desenvolvimento tecnológico; a geração de empregos, o desenvolvimento da Economia Circular criando a possibilidade de reaproveitar materiais/equipamentos e reduzindo o impacto ambiental e gerando valor econômico; bem como a adoção de práticas sustentáveis no descomissionamento para contribuir para a preservação do meio ambiente marinho.

Mais uma vez o Cembra segue o cumprimento de seu papel fundamental na promoção da pesquisa, desenvolvimento e inovação na Amazônia Azul do Brasil; sendo a palestra em questão fundamental tanto para o mais adequado entendimento sobre a importância do descomissionamento sustentável de ativos “offshore” para o futuro da indústria de petróleo e gás no Brasil quanto para o vislumbrar de oportunidades tendo em vista as potencialidades do Brasil.

Como observado, o Brasil possui um mercado crescente de "Descomissionamento Offshore", impulsionado pelo envelhecimento de plataformas e pela necessidade de adequação às normas ambientais. Diante dos desafios surgem, então, oportunidades importantes para a Indústria Naval do Brasil que colocam em evidência a importância do descomissionamento sustentável de ativos "offshore" para o futuro.

Carlos Magno Corrêa Dias
28/03/2025

27 de mar. de 2025

Desenvolvimento Urbano Integrado no Paraná.


Como integrante do então CPCE (Conselho Paranaenses Cidadania Empresarial) do Sistema Fiep (Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná), atual Conselho Temático de Responsabilidade Social do Sistema Fiep, fui convidado, em 03/02/2025, pelo Sistema Fiep por meio dos Conselhos Temáticos e Setoriais do Sistema Fiep, a participar do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

O PDUI da RMC é um instrumento de planejamento urbano e regional estabelecido para definir orientações que visam o desenvolvimento e a governança interfederativa da região metropolitana de Curitiba para assuntos tais como uso do solo, mobilidade, meio ambiente, habitação de interesse social e desenvolvimento social e econômico.

Exigido pelo Estatuto da Metrópole para as Regiões Metropolitanas (RMs) segundo a Lei Federal número 13.089/2015, de 12/01/2015, o PDUI da RMC é “norteado pelas Funções Públicas de Interesse Comum (FPICs), que são atividades e serviços que não podem ser realizados isoladamente pelos municípios, ou que causam impacto nos demais integrantes da RM quando executadas internamente à um município”.

Orientado pelos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) das Nações Unidas o PDUI da RMC é embasado, também, na Política Estadual de Desenvolvimento Urbano e Regional do Paraná (PDUR) e tem sua elaboração fundada tanto em estudos e análises técnicas quanto nas contribuições da sociedade civil objetivando diretrizes para o futuro da região.

O PDUI da RMC constitui uma realização do Governo do Estado do Paraná, por meio da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (AMEP), autarquia vinculada à Secretaria das Cidades (SECID); tendo seu início em outubro de 2022 quando foi dado início ao processo licitatório para a contratação de serviço especializado para a sua elaboração.

Em março de 2023, foi anunciado que as empresas URBTEC™ e Technum foram as vencedoras do correspondente Consórcio definido pela Concorrência número 03/2022/COMEC-169/2022/GMS.

O Sistema Fiep, instituição que visa o fortalecimento da Indústria do Estado do Paraná e que promove o contínuo e constante desenvolvimento Socioeconômico do Paraná, apoia ativamente o PDUI da RMC participando do processo e já apresentando propostas e colaborando com outros atores envolvidos. Em seu apoio ao PDUI da RMC o Sistema Fiep considera prioritários os seguintes pontos: Mobilidade; Logística; Desenvolvimento Social; Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Dividido em fases, o PDUI da RMC teve na Fase 3 a realização de Oficinas de Propostas Setoriais Prioritárias as quais aconteceram de 05 a 12 de fevereiro de 2025. As Oficinas em referência foram espaços de capacitação e de debate das temáticas do PDUI da RMC. Cada Oficina aconteceu, simultaneamente, na Região Central (em Curitiba), na Região Sul (na cidade da Lapa) e na Região Norte (em Rio Branco do Sul).

PDUI/RMC - Governo do Paraná - 2025

PDUI/RMC - Governo do Paraná - 2025

Carlos Magno Corrêa Dias
27/03/2025


26 de mar. de 2025

Vida segue rumo à eternidade.


A vida ensina que existe um tempo quando sempre “venceremos” as batalhas. A continuidade da existência seguirá seus passos e o tempo, já não tão favorável, por contingências, nos concederá apenas poucos “empates”. Mas, inevitavelmente, é o mesmo tempo que haverá de impor, de forma implacável, necessariamente, duras “derrotas” na guerra da eternidade.

DIAS, C. M. C. - 2025

Carlos Magno Corrêa Dias
26/03/2025

25 de mar. de 2025

Selogmas e Secafunp derivando para Coentelog.


Segundo se define, um “colóquio” (palavra derivada do latim "colloquium", significando conversa ou diálogo) é um encontro (ou reunião) para discussão sobre um tema específico, geralmente de natureza científica o qual é realizado, frequentemente, em universidades e/ou centros de pesquisa.

O termo “entelechia” (do grego “entecheia”) tem sua origem na filosofia aristotélica e faz referência à realização plena e completa da finalidade natural de um ser. É o estado de ser em ato, ou seja, quando algo alcança sua forma completa e propósito final, em contraste com o estado de ser em potência, que representa o potencial para se tornar algo.

Por sua vez, o vocábulo “logicae” é a forma “genitiva” da palavra latina "logica" o qual significa "lógica". Em latim o “caso genitivo” é usado para indicar posse, origem ou relação. Portanto, "logicae" pode ser traduzido como "da lógica" ou "pertencente à lógica".

Logo, “Entelechia Logicae" pode ser interpretada como: "A realização plena da lógica"; ou "O pleno desenvolvimento da lógica"; sendo utilizada no contexto acadêmico, especialmente em discussões sobre a natureza da lógica, quando se objetiva a compreensão da lógica em sua forma mais completa e desenvolvida.

A partir de 23/06/2013 fui o proponente e coordenador (ministrante também) da primeira edição do Coentelog (Colóquio Entelechia Logicae) o qual, interligado ao Cenenlocog (Centro de Engenharia Lógica e Cognição), constituiu evento acadêmico histórico com foco na Engenharia Lógica abordando aplicações em diferentes contextos tecnológicos, bem como temas como lógica da cognição computacional e consciência cibernética.

DIAS, C. M. C. - 2013

A Engenharia Lógica, de minha criação, é a área de conhecimento que busca aplicar os princípios da lógica formal na criação de sistemas computacionais e na resolução de problemas complexos; envolvendo a utilização de ferramentas e técnicas lógicas para modelar, analisar e otimizar processos em diversas áreas.

Interessante salientar que o Coentelog surgiu como uma expansão dos seminários anteriores Selogmas (Seminário de Lógica Matemática Sentencial) e Secafunp (Seminário de Cálculo das Funções Predicativas em Lógica Matemática), também, de minha autoria, os quais foram ofertados em duas edições cada nos anos de 2010 e 2011.

Na primeira edição do Secafunp, realizada em 2010, tratei de questões relacionadas às “Instâncias Sentenciais e Funções Quantificadas”; sendo “Lógica Formal e Filosofia Analítica como Fator de Inovação” o tema do Secafunp de 2011.

No Selogmas 2011 tomei como tema a “Inovação Tecnológica Centrada na Lógica Clássica” e na primeira edição do Selogmas (de 2010) tratei da “Completude dos Fundamentos Necessários e Suficientes da Matemática”.

Os quatro eventos (Selogma I, Selogmas II, Secanfunp I e Secafunp II) foram desenvolvidos no Câmpus Curitiba da Tecnológica UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná).

Carlos Magno Corrêa Dias
25/03/2025

24 de mar. de 2025

Engenharia Lógica no IV COENTELOG.


De 16/03/2015 a 20/03/2015, no Câmpus Curitiba da Tecnológica UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), ministrava o “IV COENTELOG (COLÓQUIO ENTELECHIA LOGICAE)”, com o título “ENGENHARIA LÓGICA APLICADA NA INDÚSTRIA”, na Área Temática de Lógica e Filosofia da Ciência, uma importante (e inovadora) Ação de Extensão Universitária e Tecnológica (AEUT) que já faz história há mais de uma década.

DIAS, C. M. C. - 2015

Aquele evento, seguindo a posição de manter por meio de discussões e análises um canal de aproximação efetiva, priorizando questões estruturais relacionadas à necessária simbiose entre Inovação, Indústria, Ciência, Tecnologias e Universidade para o desenvolvimento e progresso, estava centrado na nova concepção de “ENGENHARIA”, a chamada “ENGENHARIA LÓGICA” (a qual desenvolvi e defendo já há algum tempo também).

O evento somava esforços no sentido de avaliar sob a ótica da Lógica Formal caminhos alternativos para o desenvolvimento e progresso, bem como para por em discussão a carência da Inovação nos meios acadêmicos públicos constituídos em contraposição à exigência demandada da sempre Inovação no campo das Tecnologias (terreno de ação da Indústria por excelência) e de boa parte das grandes Universidades Privadas no Brasil e no Mundo.

A Ação de Extensão em referência teve como objetivo principal apresentar considerações gerais sobre Modelos Analíticos Lógicos e Técnicas Formais de Raciocínio Dedutivo, desenvolvidos em Engenharia Lógica, para auxiliar na estruturação de procedimentos logísticos e na tomada de decisão lógica para a aceleração do desenvolvimento daqueles setores da Indústria que permitam ser mapeados em função da dicotomia e da bivalência lógica.

Apresentei, também, Sistema Algébrico Lógico associado ao nível Inferencial Sentencial e à Computabilidade com o qual torna-se possível a decodificação lógica de estruturas para posterior avaliação formal da validade (legitimidade) dos procedimentos materiais envolvidos. A o assunto em pauta nas palestras: (1) - Fundamentação Analítica da Engenharia Lógica; (2) - Cálculos Lógicos e Modelos Mentais Recursivos; (3) - Álgebra da Argumentação Lógica; e, (4) - Simbiose Necessária entre Indústria e Ciência para a Inovação.

O IV COENTELOG, ofertado inteiramente gratuito para os participantes e sem qualquer ônus para a Instituição sede (como se entende deva ser toda AEUT), constituiu, também, em oportunidade para a divulgação da aplicação da Engenharia Lógica no meio produtivo industrial gerando, em consequência, uma cadeia de estudos e pesquisas até hoje em pleno desenvolvimento.

DIAS, C. M. C. - 2025

A Engenharia Lógica, do IV COENTELOG para os dias atuais, cada vez mais intensamente, se expande e vem ajudando na tomada de decisão técnica (e lógica) no engendrar (no engenheirar) soluções e/ou tecnologias que são desenvolvidas no Setor Industrial para a melhoria da qualidade de vida.

Carlos Magno Corrêa Dias
24/03/2025