16 de jul. de 2022

Os COBRA FUMANTES fizeram bonito.


Hurra! Hurra! Hurra! Salve, Salve! Salve os COBRAS FUMANTES!

DIAS, C. M. C. - 2022

Em 16 de julho de 1944, "a cobra começou a fumar" nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial. Naquele dia o Primeiro Escalão da FEB (Força Expedicionária Brasileira), primeiro contingente de Soldados do Brasil, desembarcava em Nápoles (Itália) tendo partido do Porto do Rio de Janeiro no dia 2 de julho de 1944 a bordo do navio norte-americano General Mann.

O Primeiro Escalão da FEB foi integrado pelos seguintes grupos: Sexto Regimento de Infantaria; Escalão Avançado do Quartel-General da Primeira DIE (Divisão de Infantaria Expedicionária); Estado Maior da Infantaria Divisionária (ID) da Primeira DIE; Primeira Companhia do Nono Batalhão de Engenharia (BE); Quarta Companhia e Primeiro Pelotão de Morteiro do Décimo Primeiro Regimento de Infantaria; Primeiro Pelotão do Esquadrão de Reconhecimento; Primeiro Regimento de Obuses Auto Rebocados; 1/3 das Seções de Suprimento e de Manutenção do Nono BE; Seção de Exploração e elementos da Seção de Comando da Primeira Companhia de Transmissões; Primeira Companhia de Evacuação, o Pelotão Tratamento e elementos da Seção de Comando; Primeiro Batalhão de Saúde; Companhia de Manutenção; Pelotão de Polícia Militar; Pelotão de Viaturas; dentre outros elementos. O efetivo do Primeiro Escalão da FEB foi de 5.075 homens (incluindo 304 Oficiais).

Depois de 14 dias cruzando o Atlântico os primeiros Soldados Brasileiros (de diversas e distintas unidades do país) chegaram na Europa para lutar e morrer pelos ideais de liberdade. Começava naquele dia a campanha gloriosa, vitoriosa e sem igual dos Pracinhas do Brasil os quais, a despeito dos horrores e misérias da guerra, combateram firmes, com destacada senso de corporação e distinguida bravura até maio de 1945.

O desembarque dos integrantes do Primeiro Escalação da FEB nos campos sangrentos de batalha da Segunda Guerra Mundial reveste-se da maior importância histórica, pois sinaliza “o caminho sem volta” da participação efetiva e vitoriosa do Brasil naquele conflito monstruoso. Muitos diziam que o Brasil não participaria e havia até um “quase” consenso que seria mais fácil uma “COBRA FUMAR” do que o Brasil entrar naquela guerra.

Ao Primeiro Escalão da FEB seguiram-se o Segundo Escalão da FEB que embarcou a 22 de setembro de 1944 no mesmo navio General Mann, com 5.075 homens (incluindo 368 Oficiais); o Terceiro Escalão que embarcou, também, no mesmo dia 22 de setembro de 1944, no navio General Meigs com 5.239 homens (incluindo 318 Oficiais); o Quarto Escalão da FEB que deixou o Brasil em 23 de novembro de 1944 a bordo do navio General Meigs com 4.691 homens (incluindo 285 Oficiais); e o Quinto Escalação da FEB que partiu do Brasil em 8 de fevereiro de 1945 no navio General Meigs, com outros 5.082 homens (incluindo 247 Oficiais). Contando os médicos, enfermeiras e o contingente da Força Aérea Brasileira (FAB) o Brasil contou com um efetivo de 25.334 membros atuando nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial.

Há de se ressaltar que foi no dia 24 de setembro de 1944 que se passou a adotar o fantástico distintivo representando uma “cobra fumando” para distinguir as tropas do Brasil as quais já se caracterizavam pela formação multiétnica em distinção às outras tropas aliadas que em absoluto eram miscigenadas como as Brasileiras. Literalmente, de cada canto do Brasil havia um representante integrando as forças de combate do Brasil.

Não é sem razão que a Canção do Expedicionário é iniciada com os seguintes versos:

“Você sabe de onde eu venho?
Venho do morro, do engenho
Das selvas, dos cafezais
Da boa terra do coco
Da choupana onde um é pouco
Dois é bom, três é demais

Venho das praias sedosas
Das montanhas alterosas
Dos pampas, do seringal
Das margens crespas dos rios
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal”.

A Canção do Expedicionário tem música composta pelo maestro e compositor Brasileiro Spartaco Rossi (1911-1983) e letra do advogado, jornalista, heraldista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor Brasileiro Guilherme de Andrade de Almeida, e se tornou a fiel representante dos Pracinhas.

“... Por mais terras que eu percorra
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Sem que leve por divisa
Esse V que simboliza
A vitória que virá

Nossa vitória final
Que é a mira do meu fuzil
A ração do meu bornal
A água do meu cantil
As asas do meu ideal
A glória do meu Brasil”.

A história conta que exatamente às 14 horas e 22 minutos do dia 16 de julho de 1944 foi dado o primeiro tiro da Artilharia Brasileira fora do continente Sul-Americano contra o inimigo em Massarosa uma comuna italiana da região da Toscana (província de Lucca) a qual foi a primeira cidade tomada brilhantemente pelos FEBianos.

Passe quanto tempo passar sempre será indispensável enaltecer o legado deixado pelos Pracinhas que empenharam suas vidas naquele sangrento conflito.

FEBianos, Heróis Imortais. Relembre-se sempre com respeito todos os Pracinhas e recorde-se a precedência do Primeiro Escalão da FEB cujos bravos integrantes primeiro colocaram "a cobra para fumar" defendendo a soberania do Brasil e do Mundo Livre.

Hurra! Hurra! Hurra! Salve, Salve! Salve os COBRAS FUMANTES!


Com os PRACINHAS DA FEB a COBRA FUMOU e fumou bonito!

Carlos Magno Corrêa Dias
16/06/2022