1 de dez. de 2021

De “ilusão” a fato consumado o analfabetismo segue vitimando.


Em palestra que proferi há alguns anos intitulada "Universidade e Leitura no mundo disruptivo da Indústria 4.0" chamava a atenção para a “ilusão de se estar vencendo o analfabetismo no Brasil" e chamava a responsabilidade da Universidade para contribuir com soluções.

Reproduzo a seguir nota que apresentei em primeiro de dezembro daquele ano pouco depois de apresentar a palestra em referência.

"Em relação ao analfabetismo “pátrio” cabe ressaltar que recentemente nosso Brasil conseguiu se destacar como a oitava Nação com maior número de analfabetos adultos do mundo. Chegamos a nos destacar, também, como a Nação que, em média, tem a cada quatro Brasileiros, um classificado como analfabeto (absoluto ou funcional)”.

“Mas, hodiernamente, apenas oito em cada cem Brasileiros demonstram um perfeito domínio da leitura e são capazes de produzir qualquer tipo de texto. Atualmente os paradigmas sobre o analfabetismo funcional são analisados de forma disruptiva e são revistos à luz da concepção que “ler” é bem diferente de “decodificar”. Neste sentido, mais de 90% dos Brasileiros não saberem ler e escrever com total qualidade ou proficiência”.

“Evidências dão conta que a maioria dos Brasileiros (incluindo aqueles que possuem diploma de nível superior) não conseguem demonstrar habilidade e competência efetiva na leitura e na escrita”.

“O Brasil vive, porém, a “ilusão” de estar vencendo o analfabetismo conforme alardeado nos meios de comunicação. Mas, existe no Brasil uma população quase completa de analfabetos que não possui o domínio pleno da leitura e da escrita. A responsabilidade das Universidades é chamada para avaliar e apresentar soluções para este sério problema nacional".

O triste (o preocupante) é que pouco (ou nada) mudou daquela data para os dias atuais.

Carlos Magno Corrêa Dias
01/12/2021