27 de jan. de 2017

Somente para os fortes e sobreviventes a continuidade.

           

Somente para os FORTES; ou melhor, para os FORTÍSSIMOS.

A Angioplastia Coronária com implante de STENTS é o tratamento invasivo das obstruções das artérias coronárias por meio de introdução de cateter com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue para o coração. 

Após a desobstrução da artéria coronária, por meio da angioplastia com balão, procede-se ao implante de uma prótese endovascular (para ser utilizada no interior dos vasos) conhecida como “STENT” (tubo - cilindro - de metal cirúrgico usado para manter a artéria aberta, desobstruída). 

Existem dois tipos de STENTS: os convencionais e os farmacológicos ou recobertos com drogas (tipo Rapamicina). Os STENTS farmacológicos evitam o processo exacerbado da restenose (reosbstrução da artéria), pois embora constituídos do mesmo material metálico dos STENTS convencionais os farmacológicos são acrescidos de Rapamicina que é liberada lentamente no local do implante, reduzindo-se o processo de cicatrização e evitando-se a restenose (em tese, pois nem todos os organismos apresentam resultados semelhantes). 

Como consequência do uso de STENTS famacológicos o Paciente Cardiopata é obrigado ao uso prolongado (em alguns pela vida toda) de clopidogrel e ácido acetilsalicílico devido ao sério risco de sofrer trombose (formação de coágulos no interior do STENT, o que, na maioria dos casos, leva à morte súbita). 

Embora o uso de STENTS convencionais possa acarretar, também, o processo de restenose (reobstrução) em menor frequência os Cardiopatas Crônicos Graves não têm outra opção senão utilizar os STENTS farmacológicos para salvar suas vidas ou para mantê-las por mais algum tempo. Porém, dentre os pacientes com implante de STENST famacológicos existem, também, aqueles que conseguem a façanha de ter restenose de 100% nas bordas dos STENTES com Rapamicina implantados exigindo novas e urgentes intervenções com implantação de mais e mais STENTS ou de outros procedimentos cirúrgicos mas invasivos. 

E viva nós, os FORTES (FORTÍSSIMOS) SOBREVIVENTES.

Carlos Magno Corrêa Dias
27/01/2017