5 de out. de 2013

ISI Associado à Indústria para Quebrar Paradigmas.


Tivemos em Curitiba, em 17 de setembro de 2013, a instalação do marco que dá início efetivo ao necessário e há muito solicitado diálogo estreito entre a Pesquisa Aplicada e a Indústria, entre a Ciência e a Tecnologia, entre o Conhecimento Formal e o Meio de Produção, pois que foi inaugurado, pelo Sistema Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), o Instituto SENAI de Inovação (ISI) do Paraná, aquele que constitui o primeiro ISI de um conjunto de 25 (vinte e cinco) outros previstos para implantação no Brasil até o final de 2014.

Na mesma data, a Federação das Indústrias do Paraná, seguindo sua caminhada na rota da Inovação, inaugurou o Campus da Indústria, projeto que objetiva a reunião de diferentes Centros de Desenvolvimento Industrial com distintos Setores das Academias para a realização de Pesquisa Aplicada (útil, determinante) que venha atender, efetivamente, o desenvolvimento da Produtividade da Indústria e a melhoria da Qualidade de vida do Trabalhador.


No Paraná, em particular, o Instituto SENAI de Inovação terá por área de atuação a Eletroquímica, passando a desenvolver soluções inéditas em diferentes segmentos da Indústria as quais anteriormente somente eram possíveis mediante a importação.


Convidado pela Presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Presidência do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) tive a grata satisfação de participar de ambos os eventos, reencontrando, na oportunidade, colegas que compartilham a nossa concepção que a Indústria e a Academia, a Tecnologia e a Ciência, devem estar em simbiose constante para a geração de Produtos, Serviços e Processos úteis para o desenvolvimento da Nação e para a melhoria de vida dos Cidadãos. No sentido em questão antigos projetos em conjunto foram relembrados e novos contatos estabelecidos.


Avaliando futuros possíveis estudos e trabalhos cooperados em Nanotecnologia, particularmente no campo das Nanomáquinas associadas à Eletroquímica, algumas possibilidades foram perspectivadas e uma agenda de encontros ficou programada para tratarmos mais especificamente o tema em referência.


Reforçando a necessidade de uma nova Lógica, um novo Processo Inferencial, para abordagem sistêmica e formalizada da “Potência Lógica” que se apresenta no mundo da Nanotecnologia considerei, uma vez mais, os estudos lógicos formais associados que venho desenvolvendo na Linha de Pesquisa em Inovação Científica e Tecnológica do Grupo de Pesquisa em Lógica e Filosofia da Ciência sob minha coordenação. Fiz observar que em decorrência das “descobertas nanométricas”, novas premissas (postulados) se impõem e um novo Sistema Lógico Algébrico se obriga ser equacionado de forma a garantir a “Completude e Corretude”, a “Consistência”, dos processos envolvidos. A este novo modelo lógico algébrico denomino “Lógica de Segunda Ordem Multivariada”.


A troca de ideias e compromissos agendados nos dois eventos em referência, bem como, a relevância dos temas abordados e avaliados no I Seminário Internacional de Inovação Industrial, ocorrido em paralelo nos dias 16 e 17, mostram que a caminhada iniciada pelo SENAI-PR e pela FIEP rumo à consolidação do ISI quebram alguns paradigmas antes impeditivos da aproximação entre a Ciência e a Indústria, tendo o projeto em questão condições excelentes para atingir os objetivos pretendidos.


Cabe ressaltar, ainda, que além dos 25 ISIs, que estarão sendo estruturados a partir de parcerias com o Massachusetts Institute Technology (MIT) e o Instituto Fraunhofer da Alemanha, é pretendido pelo SENAI a inauguração de outros 63 Institutos de Tecnologia (ITs) no país. Assim, o SENAI que já é o maior Sistema Educacional da América Latina voltado para a Indústria, passará, por intermédio da Inovação Tecnológica, a contribuir mais intensamente na competitividade das Indústrias promovendo a Pesquisa Aplicada dentro da Indústria que dará lugar, certamente, a Desenvolvimentos necessários para o Progresso contínuo.


Carlos Magno Corrêa Dias

05/10/2013