8 de set. de 2013

LER e ESCREVER é um Direito do Ser Humano.


Identificar e decifrar códigos escritos é uma das principais funções da ALFABETIZAÇÃO em qualquer lugar do Mundo Civilizado; sendo, porém, antes de quaisquer prerrogativas, o LER e o ESCREVER um direito fundamental do Homem.

No dia 8 de setembro, a humanidade vive o DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO e em alguns lugares privilegiados se comera (efetivamente) a data com intensidade e satisfação pelo dever cumprido e pelo direito garantido.

Mas, em muitos, muitos outros locais subdesenvolvidos ou abaixo de tal classificação, vivem indivíduos tolhidos do DIREITO FUNDAMENTAL de saber LER e ESCREVER. No Mundo Contemporâneo, que vive a ERA da INFORMAÇÃO, existe um exército de Pessoas não alfabetizadas em suas línguas natais. De forma inquestionável, semelhante situação tem levado os correspondentes países a um nível de desenvolvimento menor ou, em muitas das vezes, forçando aquelas Nações ao subdesenvolvimento real e à miséria destruidora.

No Mundo da Informação atual, com tantas maneiras de se difundir o conhecimento, não saber LER e ESCREVER assemelha-se a retirar do indivíduo parte necessária do mesmo para o sobreviver. Inviabilizar a Alfabetização de alguém é, na mais simples das análises, um crime “hediondo” ou de “lesa-pátria”.

Assim, o dia 8 de setembro é, também, data de alerta e de preocupação. Como gostaria, em meu país, de comemorar fortemente com entusiasmo e vigor o DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO, mas não posso. Tal satisfação me é retirada seguidas vezes com o passar dos anos, pois nossas estatísticas relacionadas às questões da Alfabetização são assustadoras (sendo nesta afirmação, claramente, eufêmico).

Segundo dados oficiais recentes, cerca de 15 (quinze) milhões de Brasileiros são ANALFABETOS ABSOLUTOS, mais de 120 (cento e vinte) milhões de Brasileiros são qualificados como ANALFABETOS FUNCIONAIS, e, em torno de 95 (noventa e cinco) milhões de Brasileiros NÃO TERMINOU OU SIMPLESMENTE NÃO CURSOU O ENSINO FUNDAMENTAL;


Vê-se, então, obviamente, que o direito básico da Alfabetização não é garantido (ou, é, talvez, usurpado).


Por entender ser um absurdo em um país que pretenda ser desenvolvido haver números altíssimos de analfabetos defendo há muito tempo (e continuarei a defender) que a Alfabetização de todos os Brasileiros deveria ser uma Política de Estado.

Dar ao ser humano a possibilidade de LER e ESCREVER é um Direito Internacional. Garantir que todo Cidadão saiba LER e ESCREVER é um Dever das Nações Desenvolvidas e em Progresso.

Mais que uma prioridade educacional a ALFABETIZAÇÃO é uma condição primeira de vida em um mundo desenvolvido. É DIREITO do indivíduo e como tal deve ser tratado independentemente de quaisquer ideologias ou políticas. Conclamemos esforços para garantir esse DIREITO a todos os seres racionais, pois a ALFABETIZAÇÃO é a chave que abre as portas de todos os conhecimentos.

Lembremo-nos, também, que o objetivo 2 dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) propõe “Atingir a Educação Primária Universal”. Assim, unamos nossos esforços no sentido de alcançar este importante objetivo dos ODM incentivando ou promovendo ações correspondentes.

Mas, a meta a atingir é que todo Brasileiro seja ALFABETIZADO. Portanto, volto, então, a insistir, uma vez mais, e tantas vezes quanto necessário, em uma Política de Estado em nosso Brasil para que todo Brasileiro tenha respeitado seu DIREITO de saber LER e ESCREVER.


Carlos Magno Corrêa Dias

08/09/2013