10 de ago. de 2013

Engenharia Matemática Rumo à Inovação.


Como tenho observado seguidas vezes, é urgente favorecer discussões contundentes e específicas sobre questões que objetivem colocar em confronto direto a Ciência e a Tecnologia para a promoção de soluções dos problemas do mundo real na atualidade, principalmente, no interior das Academias (Universidades) que se mostram alheias às responsabilidades correspondentes. Para tanto, uma das possibilitadas consiste na proposição e instituição de novas ou inovadoras formas de se engendrar ou de se produzir “Conhecimento Útil” que venha transcender a primária (e ineficiente) reprodução “acadêmica” de antigos “conhecimentos”. A Ciência e a Tecnologia devem manter simbiose para gerar “Conhecimento Útil”.

Neste sentido, no último dia 09/08/2013, apresentei considerações particulares sobre uma daquelas possibilidades aventadas a qual tenho denominado “Engenharia Matemática” e que pode atender, de forma efetiva, à proposição sugerida precedentemente. Ressalte-se, porém, de imediato, que minha “Engenharia Matemática” não é “Matemática Aplicada” (naquele sentido usual – antigo – em muito obsoleto – do termo). Na concepção pretendida, quando falo em “Engenharia Matemática”, o vocábulo “Matemática” passa a ser um atributo do substantivo “Engenharia”. Assim, sem o correspondente “substantivo” (necessário) não haveria razão de ser do termo predicado associado.

“Engenharia Matemática” aqui considerada não é aquela baseada em qualquer entendimento acadêmico estrito de modelação (ou mesmo de modelagem) matemática associada que se apropria de limitadas técnicas e métodos matemáticos isolados como forma de solução imaterial, descontextualizada e irreal. “Engenharia Matemática” é entendida como processo para gerar “Conhecimento Útil” e não se trata de uma simples aplicação da matemática na solução de “problemas” em muitas das vezes que só existem em condições ideais (ou cujas “condições de contorno” não são facilmente repetidas). Mesmo porque, é entendimento, que sem se levar em conta forte interação com as Engenharias, a Ergonomia e a Usabilidade não se pode engendrar quaisquer soluções de problemas do mundo real para atender as necessidades do homem.

Assim sendo, a concepção que defendo de uma “Engenharia Matemática” está centrada na relação intrínseca entre Inovação, Lógica, Modelação, Ergonomia e Usabilidade para a produção de máquinas, equipamentos, processos, ferramentas, serviços, procedimentos, tecnologias ou dispositivos que garantam o bem estar humano e o correspondente desempenho ergonômico eficiente e usabilidade eficaz dos sistemas envolvidos. Não há (na concepção em tese), portanto, a menor possibilidade de não geração de “produto, processo ou serviço”.

Minha proposta de “Engenharia Matemática” entende que o procedimentos relacionados ao engendrar devem associar, tanto na concepção quanto na produção, necessariamente, as características psicofisiológicas do prestador do serviço, do usuário do bem e da mercadoria produzida para garantir Inovação, mas sempre condicionado ao bem estar humano; seja no âmbito da renovação ou da invenção (de forma tangível e material).

Como já observei em oportunidades anteriores, a “Engenharia Matemática” presumida deve estar ligada à Ergonomia, mas vigiada pela Inovação. É objetivado, de um lado, instituir e manter valor ergonômico agregado aos resultados e, de outro, contribuir efetivamente na Usabilidade dos serviços, processos e produtos engendrados para a melhoria dos padrões de vida da população. Defendo uma “Engenharia Matemática” a ser desenvolvida no meio produtivo para o beneficio das pessoas em primeira instância.

“Engenharia Matemática” como geradora de “Conhecimento Útil”, necessário e inovador para a melhoria de vida dos Cidadãos e para o desenvolvimento da Nação, mas orientado por “condições lógico-formais subjacentes” que promovam otimização e ampliação de resultados no Meio de Produção, na Indústria, principalmente, garantindo a necessária simbiose entre Ciência e Tecnologia.

Carlos Magno Corrêa Dias
10/08/2013