26 de ago. de 2013

Alertas Nanométricos Chamam o Mundo Picométrico.


Em complementação ao exposto em 01/07/2013, que recebeu a denominação “Nanomáquinas Promovem Nova Revolução Industrial”, apresentei, no último dia 23/08/2013, sob o título “Potência Lógica e Eficiência das Nanomáquinas”, considerações gerais visando qualificar aspectos lógicos (ou analíticos) relacionados à Nanociência.

A exposição, entretanto, serviu mais como um alerta ou, eventualmente, guardadas as possibilidades tecnológicas, constituiu uma sinalização de quem, preocupado, chama a atenção sobre o atraso no qual nos permitimos viver nos meios acadêmicos quando se trata do “Mundo Nanométrico”.

A Nanociência, muito simplificadamente falando, está associada à gama de conhecimentos relacionada com nanotecnológicas desenvolvidas, principalmente, em setores tais como: Engenharia, Física, Química, Biologia, Eletrônica, Computação e Medicina, voltando-se, basicamente, para estudos e pesquisas no entendimento e controle da matéria na escala nanométrica.

Recordando considerações apresentadas em “Nanomáquinas Promovem Nova Revolução Industrial” faço observar que a Nanociência, desde a sua origem, aventada no ano de 1959 quando se conjeturou a possibilidade e a necessidade de “agrupar na cabeça de um alfinete todos os 24 volumes da Enciclopédia Britânica”, não pode mais ser tratada nas Academias como algo intangível e que habita o mundo da fantasia ou da ficção. A Nanociência é uma realidade da qual as Universidades não podem se isentar do comprometimento, pois que a mesma já abriu as portas para uma nova Revolução Industrial (e a Indústria bem o sabe). Ficar à margem dos correspondentes conhecimentos que giram em torno das dimensões de um nanômetro (de 0,000000001 metro, ou de um bilionésio de metro) é parar no tempo e ser convidado a não fazer parte da história.

É apenas absurdo continuar a trabalhar exclusivamente no mundo micrométrico (ou mesmo no milimétrico) quando é sabido que se pode conhecer e agir em propriedades dos materiais e elementos químicos na escala nanométrica, pois que os correspondentes conhecimentos abrem possibilidades jamais pensadas nos níveis métricos anteriores. O conhecimento de novas propriedades e reorganização das moléculas para identificar estruturas e materiais afim de implementar inovadores dispositivos tecnológicos permitirão, por exemplo, garantir economia de espaço e de energia, maior produtividade, mais competitividade e poder de mercado. Na Nanociência temos a garantia da Revolução Tecnológica que permitirá à Indústria (em particular) e o Meio de Produção (em geral) um desenvolvimento inimaginável em todos os sentidos.

De resto, considero algumas das aplicações em Nanociência já postas em produção no mundo, semelhantes àquelas apresentadas em Nanomáquinas Promovem Nova Revolução Industrial, bem como, enfatizo, mais categoricamente, que a Academia deve se permitir avançar para além dos seus muros e passar a interagir mais fortemente com o Mundo Real das Tecnologias (de fato, pragmático) que já experimenta Tecnologias advindas da Nanociência que se quer lhes são conhecidas.

Faço observar, entretanto, mais pontualmente, que uma nova Lógica, um novo Processo Inferencial, também, se apresenta obrigatório considerar, pois que vão se apresentando, em sequência das descobertas nanométricas, novas premissas. Essa nova Lógica, que se obriga ser “Completa e Correta”, “Consistente”, a qual denomino “Lógica de Segunda Ordem Multivariada”, começa a ser equacionada e formalizada.

As portas do futuro estão escancaradas quanto às possibilidades da Nanociência. Mas, uma Picociência, também, já deixou de engatinhar e começa a dar seus primeiros passos firmes e determinados. Novas premissas são obrigadas considerar, uma novíssima “Lógica” lança seus olhares sobre o mundo das possibilidades, o mundo das Tecnologias. Concluo, então, o pretendido afirmando que a Ciência e a Academia não podem ficar alheias à semelhante evolução, pois não lhes cabe contar a História e sim dela participar efetivamente.

Carlos Magno Corrêa Dias
26/08/2013