Cultura Condiciona Caminhada a Seguir.

Em 2004, pelo projeto de Lei número 3482, apresentado na Comissão de Educação e Cultura, foi pensada, em nosso país, a data de 6 de maio como o “Dia Nacional da Matemática”. A data vem prestar homenagem a um dos maiores divulgadores da Matemática no Brasil, o educador carioca Júlio César de Mello e Souza (1895-1974), nascido em 6 de maio.

Autor de clássicos como “O Homem que Calculava”, “Mil e Uma Noites”, “A Caixa do Futuro”, “Lendas do Povo de Deus”; “Salim, o Mágico”, o Professor Malba Tahan, heterônimo mais conhecido de Júlio César de Mello e Souza, foi crítico ferrenho das formas ultrapassadas de se ensinar Matemática e nos provocava dizendo: “por que atribuir zero em uma prova se existem tantos outros números?”.

Docente dinâmico e criativo, Júlio César de Mello e Souza, ao acreditar que os conceitos de Matemática deveriam ser ensinados de forma desafiadora e poderiam constituir uma verdadeira aventura, nos brindou com lições de educador matemático que, infelizmente, ainda não são suficientemente compreendidas por diversos daqueles “aprendizes” que se dizem “professores de matemática”.

Sem ser ao menos referenciada a data passou incólume em vários locais onde, em tese, a Matemática permeia, (como, aliás, já é de costume), parecendo não integrar a necessária cultura.

Mas, embora “cultura” seja termo de várias acepções, do latim colere, continua, no meu entender, significando CULTIVAR. Como me apraz CULTIVAR valores que me conduzem caminhar sempre em frente, reconheço no Dia Nacional da Matemática o valor e os ensinamentos do saudoso Professor e Educador Júlio César de Mello e Souza a quem não seria possível deixar de render as homenagens nesta data.

Carlos Magno Corrêa Dias
06/05/2013