Contudo, não houve muito que comemorar. As manifestações sobre a data foram pífias. As omissões se fizeram presentes (obrigatoriamente). Grande silêncio foi mantido em distintos setores. Pouca ou quase nenhuma nova discussão foi proporcionada. Porquanto, tristeza, indignação, revolta, são sentimentos comuns que (há muito tempo) envolvem a vida da maioria dos aposentados em nosso país. Há um descaso quase que completo. Problemas são inúmeros. Soluções são muito pouco discutidas. Embora a grande maioria destes cidadãos brasileiros receba benefícios que sequer possibilitam o próprio sustento e muitos vivam na verdadeira miséria os aposentados brasileiros parecem estar esquecidos quanto aos planos futuros.
É intrigante. Absurdo, na verdade. Se tivermos alguma pretensão de sermos reconhecidos como país emergente, desenvolvido, de primeiro mundo, como podemos manter semelhante situação quanto à aposentadoria em nosso país? Não teríamos que, no mínimo, garantir e manter a dignidade de todo aquele aposentado que ajudou, com seu trabalho, com sua vida, a construir o país?
Por uma vida com dignidade e saúde para os nossos aposentados convido a todos a refletirmos sobre a suposição que (se tivermos a sorte necessária) um dia seremos, também, “aposentados” em uma realidade (talvez) ainda pior (se os modelos vigentes não forem transformados, urgentemente, para melhor).
Carlos Magno Corrêa Dias
25/01/2013