3 de dez. de 2012
Dilema Prolixo de Contingente Dedução.
Quando olhamos para o passado dois sentimentos afloram (inevitavelmente): a saudade e o remorso. O primeiro é próprio de nossa natureza humana e não há como evitar; mas o segundo é condicionado pelo nosso arbítrio que traz arrependimento presente sobre diversas possibilidades que, sabemos, bem poderiam ter sido evitadas. No presente, cegos convenientes, não enxergamos, geralmente, aquilo que se transformará em saudade ou em remorso. Dizem que não há como prever o futuro e, portanto, não teríamos como presumir o que poderá se transformar em saudade ou remorso em nosso destino. Contudo, mesmo sem previsões, todas as vezes que “olhamos” para o futuro este se modifica eliminando saudades futuras e garantindo, estranhamente, uma maior quantidade de remorsos.
Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 03/12/2012