6 de set. de 2012

Longa Caminhada é Percorrida a partir da “Marcha Triunfal”.


Considerado dentre os hinos nacionais um dos mais belos do mundo, nosso Hino Nacional faz referência, em seu conjunto, a momentos importantes de nossa História. Com música criada em 1822 por Francisco Manuel da Silva (1795 - 1865), em momento difícil de nossa história, nosso “Hino Nacional”, inicialmente denominado “Marcha Triunfal”, se transformaria em um grito de rebeldia da “Pátria Livre” contra a tutela portuguesa.

Contudo, é em 1831 que foi tocado, oficialmente, pela primeira vez ainda sem uma letra, tendo sido instituído apenas em 20 de janeiro de 1890, pelo Decreto 171/1890. Mas, muito mais tarde, apenas em 1909, a composição de Francisco Manuel da Silva receberia a letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 - 1927).


Por mais estranho, inacreditável, que possa parecer, lá no ano de 1922, em 06 de setembro de 1922, mediante a assinatura do Decreto 15861/1922, quase um século depois, é que o Presidente Epitácio Pessoa oficializa a letra que hoje cantamos como sendo a do “Hino Nacional Brasileiro”.


Saldemos, então, o dia 6 de setembro, o dia da “Oficialização da Letra do Hino Nacional Brasileiro” cantando:

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Carlos Magno Corrêa Dias

Curitiba-PR, 06/09/2012