Performances Progressivas e Futuristas Abrilhantam Clássicas Produções.

Algumas preciosidades insistem em criar momentos mágicos que eternizam a capacidade humana de surpreender pelo talento e que transcendem a trivialidade. Tal é o caso do álbum “Tribute to The Beatles”, de Rick Wakeman, lançado em 1997.

Neste trabalho, o inglês Richard Christopher Wakeman, considerado um dos pais do Rock Progressivo (e apontado, também, com um dos criadores do Rock Sinfônico), nos brinda com a apresentação de arranjos fantásticos de onze músicas já clássicas e muito especiais dos Beatles.

Quebrando preconceitos, como sempre, Rick Wakeman faz-se admirar ao tocar livremente com sua visão futurista e com a custumeira maestria as suas releituras das tradicionais: Norwegian Wood, You've Got To Hide Your Love Away , The Fool On The Hill, Eleanor Rigby, Come Together, While My Guitar Gently Weeps, We Can Work It Out, The Help Trilogy, Things We Said Today, Blackbird e She's Leaving Home.

As transformações inovadoras implementadas pelo tecladista deram um novo sentido para cada uma daquelas canções, sendo o álbum constituído de verdadeiras sinfonias (no sentido estrito dos termos). Assim, o artista em sua versão das mencionadas músicas passeia pelos teclados e, em músicas como “Eleanor Rigby”, vai da primeira à última oitava sem medir consequências.

O álbum, mesmo já completando quinze anos de existência, se mantém progressista para possibilitar a incursão de excepcionais viagens atemporais que valem muito experimentar seguidas vezes e em momentos distintos de nossas vidas.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 28/08/2012