Jamais será permitido esquecer os horrores cometidos no Campo de Concentração de Dachau durante a Segunda Guerra Mundial os quais, amargamente, representam uma das páginas mais sombrias da humanidade.
Dachau foi libertado em 29 de abril de 1945 pelas 42ª e 45ª Divisões de Infantaria e pela 20ª Divisão Blindada do Sétimo Exército dos Estados Unidos da América, há 80 anos, marcando o fim de um ciclo de atrocidades inimagináveis que deixou marcas profundas pelos contínuos e constantes crimes lá cometidos. Na história dos homens, contrapondo a brutalidade da subjugação humana segue-se celebrando a liberdade conquistada.
Inaugurado em 1933, Dachau não foi apenas o primeiro campo de concentração nazista, mas o exemplo miserável (e descomunal) para os demais outros campos que se seguiram. Sua localização próxima a Munique, inicialmente destinada à prisão de opositores políticos, logo se transformou em um centro de extermínio de pessoas. Um verdadeiro “matadouro de seres humanos”. Cerca de mais de duzentas mil pessoas foram aprisionadas lá e (possivelmente) entre trinta e duas mil e quarenta mil e quinhentas pessoas perderam suas vidas no Campo de Concentração de Dachau entre 1933 e sua libertação em 1945.
Em Dachau a desumanidade foi a normalidade. Assassinatos em massa e condições de vida deploráveis foram sendo realizadas até se chegar às macabras "marchas da morte". Em tais deslocamentos forçados, se registraram a exaustão, a fome e a violência que ia ceifando, gradativamente, a vida de milhares de prisioneiros, evidenciando a crueldade sistemática que marcou a existência de Dachau.
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DIAS, C. M. C. - 2024
Somente após a libertação de Dachau mostrou ao mundo a extensão da barbárie, com a descoberta de vagões repletos de corpos e sobreviventes em estado de extrema debilidade. Miserável foram os atos desumanos que culminaram com sofrimento e dor para muitas vítimas as quais jamais poderão ser esquecidas.
Em artigos meus intitulados "Os crimes de Dachau nunca podem ser esquecidos", "Não nos esqueçamos dos crimes praticados em Dachau para que não se repitam jamais", "Os HUMANOS não podem esquecer DACHAU", já evidenciei a importância de que as futuras gerações compreendam a profundidade da maldade humana praticada em Dachau e as consequências da intolerância e do ódio que devem ser combatidos para nunca mais serem repetidos.
Mas, os horrores de Dachau, doloroso testemunho da capacidade humana para a crueldade, não podem, em absoluto, obscurecer a celebração da correspondente libertação ocorrida há oito décadas, que foi uma vitória sobre a opressão e a reafirmação dos valores da liberdade e da dignidade humana. Celebrar a libertação das vítimas de Dachau sempre será um lembrete de que a resistência contra a tirania é possível e necessária. Honrar com a lembrança aqueles que sobreviveram e reconhecer o sacrifício dos milhares que morreram em Dachau é, também, uma obrigação da humanidade.
Carlos Magno Corrêa Dias
29/04/2025