7 de set. de 2020

Sempre ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil.


Nosso Hino da Independência, com letra de Evaristo Ferreira da Veiga e Barros (1799-1837) e música de Dom Pedro I (1798-134), nos chama para celebrarmos mais um 7 de setembro, o Dia da Independência do Brasil.

É sempre interessante ressaltar que a música atual de nossa canção patriótica oficial de independência, composta em 1822 por Dom Pedro I, teria sido elaborada, conforme atestam historiadores, às quatro horas da tarde do mesmo dia do “Grito do Ipiranga” quando o imperador Dom Pedro I já estava de volta à São Paulo regressando de Santos. Conta-se, também, que naquela noite de 7 de setembro de 1822 já fora executada aquela melodia em público (pela primeira) com a letra de Evaristo Ferreira da Veiga e Barros.

Saliente-se, também, que a história do Hino da Independência tem seu início em 16 de agosto de 1822 quando a letra escrita por seu autor foi por ele batizada de Hino Constitucionalista Brasiliense.

A despeito da música de Dom Pedro I o Hino Constitucionalista Brasiliense teve uma primeira música elaborada pelo maestro lusitano Marcos António da Fonseca Portugal (1762-1830).

A história, entretanto, revela que depois da Proclamação da República e o fim do reinado de Dom Pedro I o Hino da Independência foi sendo esquecido e não mais executado.

Apenas em 1922, nas comemorações do centenário da independência, o Hino da Independência voltou a ser tocado, porém com a música composta por Marcos Antonio da Fonseca Portugal; não se sabendo ao certo por quais motivos a música de Dom Pedro I não foi considerada já que foi sua música atribuída ao Hino da Independência.

Todavia, durante o governo de Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) quando foi instituída uma comissão para regularizar os hinos do Brasil, o maestro Heitor Villa-Lobos (1887-1959) resgatou a melodia criada por Dom Pedro I a qual desde então é a melodia oficial do Hino da Independência do Brasil.

De lá para os dias atuais sempre celebramos o 7 de setembro tocando a música de Dom Pedro I e cantando a letra de Evaristo Ferreira da Veiga e Barros:

“Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil”.

Sempre festejemos 7 de setembro o Dia da Independência de nossa pátria Brasil.

Soberana é, também, a pátria que conhece e festeja sua independência com júbilo.

Carlos Magno Corrêa Dias
07/09/2020