6 de abr. de 2023

Seu Dedé um herói internacional.


No último dia 28 de março de 2023, em Santa Cruz do Sul (RS), o 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB) do Exército Brasileiro, “Regimento Gomes Carneiro”, prestou homenagens ao Pracinha COBRA FUMANTE FEBiano José Maria Vedoy da Silva herói internacional ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que completou seus 102 anos de idade.

DIAS, C. M. C. - 2023

Sempre é com grande alegria que se festeja o aniversário dos nossos heróis Pracinhas FEBianos que fizeram a COBRA FUMAR nos sangrentos e horríveis campos de batalha da Segunda Guerra Mundial defendo a liberdade da humanidade.

O centenário e notável José Maria Vedoy da Silva é o último Pracinha vivo da FEB de toda a região vinculada ao 7º BIB a qual combateu brilhantemente lá na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Sempre pela eternidade o seu Dedé (como ficou conhecido carinhosamente no bairro Jardim do Cedro localizado na cidade de Lajeado (RS), onde mora atualmente) merecerá todas as homenagens, premiações, reverências, admiração e respeito. Seu Dedé é um dos 12 combatentes vivos de todo o Rio Grande do Sul. No Dia da Vitória seu Dedé é também festejado como herói pelos italianos.

O FEBiano José Maria Vedoy da Silva, natural de Passo das Pedras Brancas, em Boqueirão do Leão, no Rio Grande do Sul, integrou a Infantaria da Força Aliada e lutou nas linhas de frente nas batalhas que participou. Seu Dedé embarcou em 8 de fevereiro de 1945 para a Itália e sua principal batalha travada nas regiões montanhosas foi a importante Batalha de Monte Castelo vencida pela FEB e que até hoje é referenciada como um marco da Segunda Guerra Mundial dado ser tomada como decisiva para o início do fim daquela brutalidade sem igual que foi a Segunda Grande Guerra.

Seu Dedé sempre foi um homem de garra e determinação, mas não gosta muito de falar sobre as atrocidades presenciadas durante as batalhas. Ao recordar “causos” da guerra seu Dedé conta, comedido, entretanto, que quando chegaram na Itália “deram para os Pracinhas uma mochila, um picão e uma pá e que eles tinham que cavar a terra para se protegerem das bombas”. Conta seu Dedé que depois que os Pracinhas recebiam as pás o comandante falava “agora em diante, não tem mais olhar para trás”.

Algumas vezes fala, também, sobre os “sufocos” que os Soldados Brasileiros sofreram como quando diz que “muitas bombas que caiam não explodiam, deixando todos numa situação delicada” ou quando conta que os Pracinhas ficaram receosos com a possibilidade de não retornarem ao Brasil depois da ofensiva da FEB na frente italiana. “Ao embarcar no navio, o medo era de não voltarmos para o Brasil e sim participar das ofensivas de ataque às tropas japonesas já que começaram a achar que a gente era o máximo”, chegou a gracejar certa vez seu Dedé.

Quando retornou para casa o FEBiano José Maria Vedoy da Silva foi recepcionado em Lajeado no Colégio Madre Bárbara. Mas, ele recorda que “foi de carroça de Porto Alegra até Boqueirão do Leão” onde morava. Depois da guerra seu Dedé retornou às atividades como agricultor e, posteriormente, passou a ser funcionário público no Governo Municipal.

José Maria Vedoy da Silva, que se voluntariou para participar da guerra e defender sua Nação, recebeu homenagens e condecorações tais como a Medalha da Ordem do Mérito Museu Militar Brasileiro, a Medalha da Vitória, a Medalha de Campanha da FEB.

Hurra! Hurra! Hurra! Salve, Salve! Salve COBRA FUMANTE Pracinha FEBiano José Maria Vedoy da Silva!

Carlos Magno Corrêa Dias
06/04/2023