13 de abr. de 2022

Hino Nacional do Brasil tem data oficial para ser celebrado.


No dia 13 de abril celebra-se o Dia do Hino Nacional da República Federativa do Brasil.

A data foi escolhida pelo fato que na noite do dia 13 de abril de 1831 a música (a parte instrumental) do Hino Nacionakl do Brasil foi tocada pela primeira vez no Teatro São Pedro de Alcântara, na cidade do Rio de Janeiro.

DIAS, C. M. C. - 2022

A música do Hino Nacional do Brasil foi composta logo após os acontecimentos que marcaram o dia 7 de abril de 1831 quando o então imperador do Brasil abdicou do trono em favor do seu filho que nasceu no Brasil.

Ao longo da história o Hino Nacional do Brasil sofreu alterações tanto na letra quanto na música, bem como recebeu denominações anteriores como “Hino 7 de Abril” (em razão da abdicação do imperador) ou “Marcha Triunfal”. A despeito dos nomes dados é sempre importante mencionar que o Hino Nacional Brasileiro foi pensado para comemorar a Independência do Brasil a qual ocorreu em 7 de setembro de 1822.

Atualmente o Hino Nacional Brasileiro é executado com letra do Brasileiro, Professor, Ensaísta, Poeta e Teatrólogo Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927) e música do, também, Brasileiro, Maestro, Compositor e Professor Francisco Manuel da Silva (1795-1865) o qual foi cofundador da Imperial Academia de Música e do Instituto Nacional de Música.

Interessante notar que Osório Duque Estrada e Francisco Manuel da Silva não se conheceram. Quem criou a melodia do Hino Nacional do Brasil faleceu em dezembro de 1865 e quem escreveu a letra do Hino Nacional do Brasil que hoje cantamos nasceu em abril de 1870.

Nosso Hino Nacional, juntamente com a Bandeira Nacional, as Armas Nacionais (ou Brasão Nacional) e o Selo Nacional, integra o conjunto dos quatro Símbolos Nacionais da República do Brasil e nos distingue entre as outras Nações contando em versos parte de nossa história como Nação soberana.

A partir da Proclamação da República do Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, o Brasil passou por profundas transformações e os símbolos nacionais exigiam modificações objetivando apagar referências existentes ao antigo regime monárquico, pois o país vivia um novo contexto político. Então, muitas controvérsias e indefinições rondavam a tomada de decisões e uma das dificultades envolvia a escolha de uma letra para o Hino Naciuoanl que mais adequadamente representasse o novo regime político do país.

Entretanto, é apenas em 1909 que Joaquim Osório Duque-Estrada escreveu a letra do Hino Nacional do Brasil que rapidamente se popularizou, mas que ainda não seria oficializada pelo governo brasileiro da época. É no ano do aniversário do primeiro centenário da independência do Brasil, em 1922, que a composição em versos de Joaquim Osório Duque Estrada seria oficializada como a letra do nosso Hino Nacional.

Mais precisamente, em 6 de setembro de 1922, pelo Decreto número 15.671/1922, foi declarada oficialmente a letra do Hino Nacional do Brasil escrita por Joaquim Osório Duque Estrada.

Ressalte-se, porém, que pelo Decreto 171/1890, de 20 de janeiro de 1890, foi conservado como Hino Nacional do Brasil a composição musical do maestro Francisco Manoel da Silva adotando-se como Hino da Proclamação da República a composição musical (melodia) do Compositor, Violinista e Maestro Niteroiense Leopoldo Américo Miguez (1850-1902) baseada na poesia (letra) do Professor, Funcionário Público, Jornalista, Orador, Político, Contista, Poeta, Teatrólogo, Romancista, Ensaísta e Memorialista Recifense José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque (1867-1934).

Deve-se salientar que o Hino da Proclamação da República composto por Leopoldo Américo Miguez e José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque originalmente venceu concurso realizado em 1890 para eleger aquele que deveria ser o novo Hino Nacional do Brasil. Todavia, embora tenha vencido o correspondente concurso aquele hino não foi aceito pelo povo, mas representou um dos mais significativos símbolos que representam a proclamação do regime republicano brasileiro.

Por quase um século, de 1831 até 1922, o Hino Nacional do Brasil foi executado sem ter, então, oficialmente, uma letra. Algumas tentativas foram feitas para se acrescentar uma letra à música de Francisco Manuel da Silva. Todavia, de acordo com distintos historiadores, seguidamente, ou as letras propostas se apresentavam com demasiado ressentimento para com o antigo regime ou possuíam exagerados elogios ao sistema vigente na época. Todavia a música de Francisco Manuel da Silva sempre se manteve bastante popular.

Então, neste 13 de abril, comemoramos mais um Dia do Hino Nacional do Brasil cantando ou lendo (recordando) o nosso Hino Nacional.

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,

Carlos Magno Corrêa Dias
13/04/2022