9 de abr. de 2021

Mais um ano passou e a fome continua aumentando.


Exatamente há um ano, no dia 09/04/2020, postava o texto a seguir apresentado.

“Sinto lembrar, mas antes da COVID-19 a cada 4 segundos uma pessoa morria de fome no mundo; cerca de 2 bilhões de pessoas não conseguiam se alimentar adequadamente a cada dia; quase 1 bilhão de pessoas passavam fome todos os dias em um mundo que produzia quantidade suficiente de comida para alimentar a todos; mais de 1,5 bilhão de pessoas não possuíam acesso à água potável; uma criança morria de fome a cada 5 segundos; quase a metade da população mundial (3,4 bilhões de pessoas) ainda vivia abaixo da linha de pobreza e sofria para satisfazer suas necessidades básicas como, por exemplo, comer todos os dias. Era um absurdo pessoas morrerem de fome ou pela falta de água para beber. Mas, após a COVID-19, continuará sendo absurdo (criminoso) pessoas morrerem de fome ou pela falta de água para beber”.

Agora em 2021 a situação apenas piorou (e muito).

Pode até parecer exagero, mas milhões de pessoas não tiveram o que comer hoje, amanhã e depois de amanhã também e muitas vão morrer (sim) por falta de ter o que comer. Estima-se que quase 1/3 da população mundial está sofrendo de anemia. Em média, cerca de 8 milhões de pessoas morreram de fome APENAS em 2020. Outras um milhão de pessoas morreram em decorrência de doenças relacionadas com a péssima qualidade da água; sem contar que quase dois bilhões de pessoas não possuem acesso a água potável.

Mais horrível ainda é constatar que um quinto das crianças do mundo não têm quantidades suficientes de calorias e de proteínas para viver de forma minimamente saudável. É doloroso registrar que em torno de 45% das mortes anuais de crianças com menos de 5 anos são decorrentes da falta de terem o que comer. É muito desgraçado, absurdo, inadmissível, que uma única criança tenha sua existência ceifada pela fome.

É na verdade monstruoso que qualquer um ser humano chegue à morte pela falta de alimento.

Todavia, as mortes pela fome só fazem aumentar. De 2020 para o início de 2021 ocorreu um aumento entre 80 a 130 milhões a mais no número de pessoas que passaram a sofrer gravemente de desnutrição no mundo. A insegurança alimentar atinge dia a dia índices alarmantes em um mundo que se diz 4.0, inovador e super tecnológico.

Os grandes bolsões de pessoas vivendo em estado de pobreza absoluta e que não possuem renda ou que possuem renda tão baixa que são impedidas de ter uma alimentação mínima diária satisfatória é alarmante seja em regiões pobres ou ricas.

Mesmo revendo os critérios de se contabilizar os famintos a fome se alastra pelo mundo e chega-se a afirmar que quase a metade da população do planeta está vivendo abaixo da linha de pobreza. Consequentemente, mais e mais seres humanos estão morrendo de fome.

Carlos Magno Corrêa Dias
09/04/2021