24 de jun. de 2020

De Coré-etuba a Curitiba uma transição de séculos.


Hoje, 24 de junho, celebra-se o Dia Nacional da Araucária.

A “Araucaria angustifólia” (Pinheiro-do-Paraná), que surgiu há cerca de 200 milhões de anos, no Jurássico, é a Árvore Símbolo do Paraná.

Em guarani as Araucárias são chamadas de “curi’i” (ou ‘coré’) que significa “pinheiro do paraná” ou “pinhão”. Em tupi, “coré” é entendido como “pinheiro, pinhão” e “etuba” é um sufixo que indica “ajuntamento”.

Assim, Curitiba (“Coré-etuba”, “Curi’i tyba”), nomeação dada pelo cacique da tribo Tingui por volta 1.654, significa "ajuntamento de pinheiros", "pinheiral", “terra de muito pinhão”, “lugar de muito pinhão”.

Curitiba teve sua origem a partir de um pequeno povoado chamado de Vilinha que foi iniciado por portugueses. O povoado se transformou em Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais a partir de 29 de março de 1693.

Curitiba já foi registrada como Coré-etuba, Coretiba, Coreitiba, Coritiba, Corituba, Curetiba, Curiyatiba, Curiyatuba, Curiytiba, Curituba, Curutiba, Curytiba.

É apenas no final do século XIX que surgiu a denominação Curytiba, sendo, ainda, utilizadas as denominações Coretiba e Coritiba.

Em 1.919, oficialmente, por meio de decreto do então presidente do Estado do Paraná, foi estabelecida a grafia Curytiba, a qual passou a ser redigida como Curitiba a partir de 1943 em função do Formulário Ortográfico de 1943, de 12 de agosto de 1943, o qual, dentre outras adequações obrigou substituir y sempre por i excetuando-se o caso de y em abreviaturas internacionais ou integrantes de antropônimos estrangeiros.

Relembrar os símbolos de uma Nação é sempre importante para a manutenção da soberania.

Carlos Magno Corrêa Dias
24/06/2020