8 de jul. de 2019

Ciência no Brasil é convocada pelo mundo Cyber-Físico.


Em 18 de abril de 2001, pela Lei número 10.221, ficou instituído o DIA NACIONAL DA CIÊNCIA a ser comemorado no dia 8 de julho.

Em 13 de novembro de 2008, pela Lei número 11.807, ficou instituído o DIA NACIONAL DO PESQUISADOR a ser comemorado no dia 8 de julho.

Assim, em 8 de julho de cada ano celebramos o DIA NACIONAL DA CIÊNCIA e o DIA NACIONAL DO PESQUISADOR que, também, presta homenagem à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) a qual foi fundada em 8 de julho de 1948.

O DIA NACIONAL DA CIÊNCIA e o DIA NACIONAL DO PESQUISADOR tem o objetivo de estimular os Jovens para fazerem Ciências e divulgar as Ciências para toda a Sociedade festejando, também, a Produção Científica no país e cumprimentando os Pesquisadores Científicos da Nação.

Internacionalmente o Brasil se destaca como um dos maiores produtores de publicações científicas (em número de papers).

Infelizmente, porém, ao investir em muitas pesquisas de uma forma descontrolada e sem foco determinado, pouco da produção científica do Brasil é aplicada ou aplicável no país ou em outras Nações, resultando em um baixo impacto mundial.

Outro grande problema do Brasil é a pouca inovação que acarreta, como consequência direta, uma baixa competitividade do país no cenário internacional.

Em Ciência a enorme quantidade de tipos pesquisas e o número elevado de produção científica não estabelece, necessariamente, qualidade; conforme há muito já ficou evidenciado.

O modelo de produção científica em massa no Brasil não se mostra eficiente e não tem a desejada qualidade sendo refém das exigências acadêmicas, pois está baseado no conceito da “Universidade” e no princípio da indissociabilidade entre “ensino, pesquisa e extensão” de forma que é cobrado de todo Professor na Universidade a realização de mestrado ou doutorado objetivando a produção de “pesquisas”.

A falta de inovação e a inexistência de pesquisas relevantes em um país impede a disputa em igualdade de condições em vários setores com corporações internacionais desenvolvidas inviabilizando vários setores como é o caso, por exemplo, do setor industrial que vem exigindo sistemas cada vez mais integrados e fábricas inteligentes com processos de produção automatizados os quais se mostram essenciais na Quarta Revolução Industrial em franco desenvolvimento atualmente.

Enquanto as Nações desenvolvidas pensam um mundo Cyber-Físico o Brasil ainda não pratica plenamente o avanço tecnológico do passado recente que proporcionou a união entre a Ciência e a Indústria conforme foi estabelecido lá na Terceira Revolução Industrial, conhecida, também, como Revolução Técnico-Científica-Informacional.

Evidências dão conta que no Brasil ainda não chegaram os correspondentes avanços no campo tecnológico que há muito passaram a abranger o campo da Ciência e foram integrados ao Sistema Produtivo. Acusações são feitas no sentido de se afirmar, também, que existe um Brasil vivendo a Segunda Revolução Industrial dado o tipo de resultados de algumas pesquisadas que se tem divulgado.

Neste dia 8 de julho o Brasil é chamado, mais uma vez, a repensar a realidade da pesquisa que produz e a sua forma de fazer Ciência. É necessário pesquisar soluções para o Brasil e disputar no campo das Ciências em iguais condições com os demais países mais desenvolvidos do mundo. O Brasil tem que ser mais inovador, competitivo e se inserir (efetivamente) na Indústria 4.0 e no Mundo Disruptivo que está sendo construído de forma cada vez mais veloz e complexa.

Carlos Magno Corrêa Dias
08/07/2019