4 de out. de 2012

A Tríade Franciscana Que Solicita PAZ e BEM.


Com o TAU Franciscano atado ao fio condutor dos três nós da fidedignidade que se associam aos princípios de Assis (escutar o valor maior, ter a coragem da partilha, garantir a pureza de coração), saudemo-nos uns aos outros no dia 04 de outubro, DIA de FRANCISCO DE ASSIS (1181-1226), com muita PAZ e BEM para todos.

Embora o TAU possua não poucos e distintos significados, enquanto a mais antiga grafia em forma de cruz, em Francisco de Assis, a convergência das duas linhas que o formam representam o Divino e o Humano. Na verticalidade e na horizontalidade do símbolo o TAU Franciscano (a Cruz Franciscana) é reconhecido o encontro entre o céu e a terra.

O TAU adotado por Francisco de Assis, cujo nome de batismo era Giovanni di Pietro di Bernardone, passou a ser o símbolo da Ordem dos Frades Menores a partir 1215.

A Ordem dos Frades Menores (Ordo Fratrum Minorum), também conhecida como Ordem de São Francisco ou Ordem Franciscana, é a ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis.

O TAU Franciscano marca o sinal da luz, da vida e da sabedoria para garantir a verdade, a harmonia e a paz. No TAU de Francisco tem-se a materialização de uma intuição que batalha incansavelmente pela PAZ. É a encarnação da simplicidade voltada para discernir o verdadeiro e o falso. É símbolo de unidade e reconciliação.

O fio condutor (ou o cordão franciscano) representa o caminho do Evangelho e sinaliza o elo que une a forma de nossa vida.

Todavia, são nos três nós do cordão franciscano que encontramos a síntese da Boa Nova formada pelos três conselhos evangélicos: Obediência, Pobreza e Castidade.


Todavia, há de se observar que os três votos de Francisco de Assis, simbolizados nos três nós do cordão condutor não devem ser tomados no sentido etimológico estrito dos correspondentes vocábulos que os enunciam, mas segundo os princípios franciscanos que os mesmos representam.

Assim sendo, ser casto é cuidar da beleza do seu coração e de seus afetos. A castidade envolve a pureza de coração, a transparência. Revelar o melhor de si, ser verdadeiro eis a função da castidade defendida.

Viver a pobreza é, por sua vez, ter condições de viver na gratuidade da convivência. Assim, não se faz, necessariamente, referência a valor econômico de quem não tem. O pobre franciscano é o corajoso que pode partilhar, que tem a sabedoria para tudo por em comum.

Mais que a pobreza exterior, física, Francisco enfatizava a pobreza interior, entendida como o despojamento de toda pretensão a aquisições. Centrando na simplicidade e no rigor da disciplina o orgulho e o individualismos deveriam ser eliminados, pois que estes são formas que pretendem domínio sobre os outros. Assumir pobreza neste mundo terreno para ser investido de riquezas no além vida.


Obediência não é subserviência servil. É o acolhimento para perceber o maior e o melhor. O obediente é fiel a seus princípios e deles não abre mão.


A obediência como voto não é uma disciplina de ascetismo em si, mas deve ser entendida como fonte de verdadeira graça e alegria. Obediência para se atingir a paz interior. Obediência para a liberdade de se poder pensar limpidamente e atingir espiritualidade.


Que tenhamos todos, como Francisco de Assis, a possibilidade de uma visão positiva da natureza e do homem. Que compreendamos a bondade e a maravilha da Criação. Que consigamos interiorizar os ensinamentos do patrono dos animais e do meio ambiente apreciando incondicionalmente a natureza.


Que tenhamos ou compreedamos a sinceridade, a simplicidade e as qualidades existentes no entorno da fraternidade e da caridade.

Carlos Magno Corrêa Dias

Curitiba-PR, 04/10/2012